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Judiciário Quarta-feira, 26 de Março de 2025, 07:23 - A | A

Quarta-feira, 26 de Março de 2025, 07h:23 - A | A

Ministério Público do Trabalho

Justiça pode tomar fazenda que usava trabalho escravo em Mato Grosso do Sul

Dono da propriedade pode ter que pagar R$ 25 milhões

Viviane Freitas
Capital News

O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com um pedido na Justiça para tomar a Fazenda Carandazal, em Corumbá, e cobrar uma indenização de R$ 25 milhões de um dos proprietários. Em fevereiro deste ano, quatro trabalhadores foram encontrados na fazenda em condições de trabalho escravo. A propriedade fica na zona rural do município, próximo à fronteira com a Bolívia.

Segundo o MPT, a fazenda tem um histórico de exploração de trabalhadores, e um dos donos, Moacir Duim Júnior, já foi punido por violações trabalhistas no passado. Caso a Justiça aprove o pedido, a fazenda será usada para reforma agrária, e o dinheiro da indenização será destinado a projetos sociais. A esposa de Moacir, Cristiane Kanda Abe, também é acusada no processo.

Durante a investigação, o MPT descobriu que o fazendeiro tentou esconder os trabalhadores e destruir provas antes da chegada da fiscalização. Além disso, ele alegou que as vítimas trabalhavam para um terceiro, tentando fugir da responsabilidade. As condições de trabalho incluíam falta de equipamentos de proteção, moradia precária e pagamento irregular.

A ação pede que a Justiça obrigue os proprietários a fornecer melhores condições para os funcionários da fazenda, como moradia adequada, água potável e equipamentos de segurança. O MPT também quer que o dono da fazenda pague imediatamente os direitos trabalhistas dos funcionários resgatados. O caso será analisado pela Justiça do Trabalho, que pode decidir pelo confisco da propriedade.

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