O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu manter a suspensão do reajuste de 66% no salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP). Apesar de três votos favoráveis ao aumento, prevaleceu o voto do relator, desembargador Vilson Bertelli, que considerou o reajuste ilegal e inconstitucional.
Com a decisão, o aumento de R$ 21.263,62 para R$ 35.462, que havia sido aprovado, não ocorrerá, e, consequentemente, de outros 400 servidores. O entendimento do procurador-geral de Justiça à época, Alexandre Magno Benites de Lacerda, foi seguido, afirmando que o reajuste só poderia ser concedido a partir do próximo mandato.
Além da prefeita, o aumento também afetaria o salário da vice-prefeita, Camilla Nascimento de Oliveira (PP), que receberia R$ 15 mil, e o dos secretários municipais, estipulados em R$ 11,6 mil. A decisão mantém os salários atuais conforme a lei original.
A tentativa de aumento salarial foi barrada em fevereiro de 2023, quando o TJMS suspendeu tanto o reajuste da prefeita quanto de outros servidores públicos. A proposta inicial incluía um aumento significativo para vários cargos, mas foi derrubada após contestações legais e negociações na Câmara Municipal.