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CPI do Transporte

Câmara avalia CPI do transporte e pode investigar consórcio Guaicurus

Vereador Junior Coringa acusa consórcio de descumprir contrato, enquanto Papy destaca necessidade de um requerimento sólido para garantir a investigação

Viviane Freitas
Capital News

A Câmara Municipal de Campo Grande analisa a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público da capital. O parecer da Procuradoria Geral da Casa sobre o requerimento do vereador Junior Coringa (MDB) deve ser emitido na próxima segunda-feira (17). Além dele, há um segundo pedido de CPI, do vereador Dr. Lívio (União Brasil), que inclui a prefeitura na investigação. O presidente da Câmara, vereador Papy (PSDB), explicou que primeiro será avaliado o pedido de Coringa e, posteriormente, o de Lívio.

Junior Coringa defende a necessidade da CPI para apurar irregularidades no contrato de concessão e acusa o consórcio de descumprir obrigações. “Nós vamos abrir a CPI do Conselho de Boa Cruz através do meu requerimento, que está fundamentado e tem um fato determinado. O consórcio prometeu eficiência no transporte, mas não está cumprindo. Quando ganhou a concessão, entregou uma frota de 574 ônibus, e hoje temos apenas 460. Faltam ônibus nas linhas”, afirmou o vereador. Ele também destacou a falta de seguro para os passageiros e questionou os subsídios recebidos pelo Consórcio Guaicurus. “Se acontecer um acidente hoje, um ônibus não está segurado para o nosso trabalhador. Eu vou provar para a população que o consórcio mente para ganhar subsídio de R$ 1,4 milhão por mês e isenção do ISS.”

O vereador Papy destacou as diferenças entre os requerimentos apresentados e afirmou que o pedido de Coringa pode ser aprovado, mas com restrições. “A gente precisava de um requerimento o mais amplo possível. Essa era a ideia do Lívio. Mas eu entendo que o requerimento do Junior Coringa também atende. Tem alguns pontos que vão ser reprovados pela procuradoria porque não têm concretude, mas outros são bem interessantes e passíveis de parecer favorável”, declarou.

A principal diferença entre os pedidos é o foco da investigação. Enquanto Coringa quer apurar exclusivamente a atuação do Consórcio Guaicurus, Lívio defende a inclusão da prefeitura, analisando sua participação no contrato de concessão. Papy considera o contrato “robusto e moderno” e acredita que o debate deve girar em torno do cumprimento das cláusulas acordadas.

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