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Legislativo Segunda-feira, 14 de Abril de 2025, 07:05 - A | A

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14 de abril

CPI do Consórcio Guaicurus entra na última semana da primeira fase com foco em denúncias e oitiva de empresas

Mais de 290 reclamações já foram recebidas pela comissão

Elaine Oliveira
Capital News

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a atuação do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público coletivo de Campo Grande, inicia nesta segunda-feira (14) a última semana da primeira fase dos trabalhos. A comissão instalada na Câmara Municipal deve encerrar esta etapa até o dia 17 de abril (quinta-feira), com foco na coleta de dados, documentos e denúncias. 

A partir da segunda fase, a comissão prevê a realização de oitivas com representantes das empresas que operam o sistema de transporte coletivo, além da aprovação de novos requerimentos de informação para aprofundar as investigações. A expectativa é que os depoimentos tragam esclarecimentos sobre a precariedade do serviço oferecido à população.

A CPI do Consórcio Guaicurus é presidida pelo vereador Otávio Trad, com relatoria do vereador Luiz Eduardo Costa.

Denúncias e laudo pericial reforçam irregularidades

Até a última sexta-feira (11), o canal de denúncias da CPI já havia registrado 298 reclamações de usuários do transporte público da Capital. Do total, 239 mensagens foram enviadas por WhatsApp, 32 pessoas preencheram o formulário anônimo disponibilizado pela Câmara, além de 24 e-mails, 2 ligações telefônicas e 1 denúncia presencial. 

As queixas referem-se principalmente a atrasos, superlotação, má conservação dos veículos e falta de acessibilidade. Além disso, um laudo pericial autorizado pela Justiça revelou que, desde 2015, a idade média dos ônibus está acima do limite de 5 anos estabelecido no contrato de concessão com a prefeitura.

O mesmo documento aponta que, apesar de registrar lucros bilionários, o número de veículos circulando nas ruas só diminuiu nos últimos anos. “Evidente que o Consórcio sempre possuiu condições de adimplir o contrato de concessão”, afirma o relatório da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), o que levanta suspeitas de má gestão dos recursos.

Como denunciar?

A população ainda pode enviar relatos e colaborar com a CPI por meio dos seguintes canais:

WhatsApp: (67) 3316-1514

E-mail: [email protected]

Formulário anônimo: disponível em www.camara.ms.gov.br

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