A Rota Bioceânica, que promete reduzir em 17 dias o tempo de transporte e gerar economia no envio de mercadorias aos portos do Pacífico, depende da adesão do Brasil à Convenção TIR (Convenção Aduaneira sobre o Transporte Internacional de Mercadorias ao Abrigo das Cadernetas). Este acordo multilateral visa facilitar o transporte rodoviário internacional de forma segura e contínua, sem interrupções. A adesão brasileira à Convenção está sendo debatida no Congresso Nacional e é fundamental para o pleno aproveitamento dessa rota logística.
Para acelerar o processo, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul irá mobilizar sua bancada federal, buscando apoio para acelerar a aprovação da matéria no Congresso. O objetivo é resolver as questões alfandegárias que envolvem a Rota Bioceânica e garantir o desempenho logístico da estrada, promovendo um fluxo eficiente de mercadorias.
O secretário Jaime Verruck, da Semadesc, revelou durante reunião virtual com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) que o Governo do Estado já está articulando ações com o Senado e com a bancada parlamentar para impulsionar a aprovação da Convenção TIR. Durante o Seminário Internacional da Rota Bioceânica, foi discutida a necessidade de melhorias na infraestrutura e na legislação alfandegária, que ainda representam desafios para a integração regional.
Um seminário binacional entre Brasil e Paraguai ocorrerá nos dias 26 e 27 de fevereiro, em Foz do Iguaçu, para aprofundar o debate sobre a questão alfandegária, com a participação de setores público e privado. A União Internacional de Transporte Rodoviário (IRU) reforçou a importância da adesão do Brasil ao sistema TIR, ressaltando que, embora não resolva todos os problemas, a adesão trará significativos avanços em segurança e eficiência, fortalecendo o comércio regional.
