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Reportagem Especial Segunda-feira, 26 de Agosto de 2024, 11:37 - A | A

Segunda-feira, 26 de Agosto de 2024, 11h:37 - A | A

Reportagem Especial

Campo Grande: 125 anos de história

Historiadora escolhe Praça Ary Coelho para falar de uma cidade interiorana para uma capital

Renata Santos Portela
Especial para o Capital News

Desde que se tornou historiadora, Lenita Maria Rodrigues Calado usa a Campo Grande como inspiração nos estudos e biografias e nesses 125 anos de Cidade Morena, não poderia ser diferente. Para homenageá-la, escreveu um livro que conta as transformações de uma cidade interiorana para uma capital.

Raquel de Souza/Foto Cedida

Campo Grande: 125 anos de história

Existiu uma ruptura, a criação do estado, mas só ela não determinou o futuro, por isso o que está para além dessa ruptura foi o que me interessou, detalha a historiadora

Achei que a praça seria interessante pois ela acompanhou todas as transformações, como fonte e objeto da história da cidade ao longo do tempo

Com o propósito de entender como o município se inventou como o principal de Mato Grosso do Sul, ela escolheu a praça Ary Coelho. “Eu tinha que ter um objeto que me levasse à população da cidade, achei que a praça seria interessante pois ela acompanhou todas as transformações, como fonte e objeto da história da cidade ao longo do tempo”, explica.

No livro “A Invenção de Campo Grande Capital”, a historiadora busca entender, a princípio, a mudança de pensamento, de cultura, como as pessoas vão se relacionar a partir dessa nomeação. O trabalho é feito em dois momentos, explica ela, como se fossem duas fotografias, uma delas, enquanto a política do Brasil era uma ditadura e a outra em 2013 quando ela é reformada.

Praça Ary Coelho

Deurico/Capital News

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Praça Ary Coelho

Localizada na avenida Afonso Pena com a rua 14 de julho, a praça Ary Coelho passou por inúmeras transformações. O local já chegou a ser um cemitério até 1872, onde foi transferido para onde hoje é o Cemitério Santo Antônio. Só após 37 anos que virou praça e a partir daí, acompanhou várias transformações de Campo Grande.

Acervo Arquivo Histórico de Campo Grande - ARCA. s/data

Campo Grande: 125 anos de história

O coreto

O endereço já teve casa de chá e recebeu apresentações de orquestras no coreto. Além disso, foi lugar de encontro da alta sociedade, espaço esquecido e vigiado durante a ditadura militar e também foi ocupada pelo movimento das “Diretas Já”.

A praça passou por sua última reforma em 2013, quando foi revitalizada, cercada por grades e passou a ter horário de funcionamento. “Eu faço análise a partir desses momentos e a partir de quem ocupa a praça central”, detalha a historiadora.

Acervo Arquivo Histórico de Campo Grande -ARCA. s/data

Campo Grande: 125 anos de história

Pergolado da Praça Ary Coelho

Para escrever sobre a Praça Ary Coelho, Lenita levou mais de quatro anos, ela fala que se sente muito feliz em poder oferecer o conhecimento do que pesquisou para as pessoas. Lenita fala que gosta de Campo Grande não só por ser a cidade natal, onde casou-se e teve dois filhos, mas também por algumas coisas, que são muito interessantes, para ela.

Uma delas, o espaço do Parque das Poderes, onde a população pode ter contato com a população. O segundo motivo, o fato de Campo Grande ser formada por ondas de imigração. “Essa população é muito diversa e muito rica e eu acho isso que é uma das coisas que eu gosto e que eu acho que vale a pena a gente comentar”, finaliza.

Arca/Roberto Higa, 1973.

Campo Grande: 125 anos de história

Fonte desativada na Praça (1973)

Serviço:

Arte Deurico/Capital News

Campo Grande: 125 anos de história

Historiadora escolhe aniversário de 125 de Cidade Morena para lançar livro

O livro “A Invenção de Campo Grande Capital”, da historiadora e escritora historiadora Lenita Maria Calado, publicado pela Life Editora, está sendo vendido com frete grátis no site da editora, na Amazon ou diretamente com a autora, pelo telefone (67) 99648-8001.

Álbum de fotos

Raquel de Souza/Foto Cedida

Existiu uma ruptura, a criação do estado, mas só ela não determinou o futuro, por isso o que está para além dessa ruptura foi o que me interessou, detalha a historiadora

Raquel de Souza/Foto Cedida

Historiadora escolhe aniversário de 125 de Cidade Morena para lançar livro

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