Acervo pessoal
Carlos ao lado da esposa
Desde que se conhece por gente o Servidor Público Carlos Eduardo Rodrigues de 31 anos se reconhece como homem, mas esse não foi o gênero que ele nasceu e que foi registrado. Os pais registraram como um bebê do sexo feminino, característica que dificultou o entendimento dele sobre a sua sexualidade até a mudança de nome.
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1 aninho
Carlos conquistou a troca de nome no dia 05 de agosto de 2020, no entanto para ele chegar nesta conquista percorreu um longo caminho. Além de não entender o porquê de não gostar de coisas de meninas, não conseguia uma explicação e nem a compreensão de seus questionamentos por parte da família. “Minha família é muito religiosa e não entendia minhas dúvidas”, completa ele.
Essa mudança para mim foi muito importante para o seu autorreconhecimento assim como das pessoas sobre mim
Com o amadurecimento ele conquistou não só o desejo de mudar de nome como o apoio incondicional dos familiares e hoje ele tem outros motivos para comemorar, o próximo passo dele é fazer a cirurgia de sexo. “Essa mudança para mim foi muito importante para o seu autorreconhecimento assim como das pessoas sobre mim”, pontua.
Na quarta-feira (28) é celebrado o dia do Orgulho LGBTQIA+, a data tem o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual. Uma conquista importante para essas pessoas é a mudança de nome sem a necessidade de procedimento judicial ou cirurgia de redesignação sexual também conhecida como transgenitalização.
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Carlos a esquerda quando menina
Desde 2018 é possível mudar de nome e gênero diretamente nos cartórios de registro civís brasileiros, nesses cinco anos, o número de pedidos aumentou 43%, em Mato Grosso do Sul. De acordo com dados da Central de Informações do Registro Civil nesse período, foram registradas 21 alterações de nome e gênero no Estado.
Em seu primeiro ano de vigência – junho de 2018 a maio de 2019 foi contabilizada 7 alterações, enquanto no último ano – junho de 2022 a maio de 2023 foram registradas 10 mudanças de gênero, um aumento de 42,9%.
No primeiro ano da nova regulamentação foram 4 mudanças do sexo masculino para o feminino, 3 do feminino para o masculino e em nenhum caso não houve alteração. Já no último ano da norma junho de 2022 a maio de 2023foram registradas 8 mudanças de masculino para feminino, 2 de feminino para masculino e não teve caso em que não houve alteração de sexo. Entre as mudanças de gênero, as mudanças para o sexo feminino prevalecem.
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Para realizar o processo de alteração de gênero em nome nos Cartórios de Registro Civil é necessário a apresentação de todos os documentos pessoais, comprovante de endereço e as certidões dos distribuidores cíveis, criminais estaduais e federais do local de residência dos últimos cinco anos, bem como das certidões de execução criminal estadual e federal, dos Tabelionatos de Protesto e da Justiça do Trabalho. Na sequência, o oficial de registro deve realizar uma entrevista com o (a) interessado.
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Ao lado de toda família
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Carlos e a família
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