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Reportagem Especial Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010, 13:00 - A | A

Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010, 13h:00 - A | A

SIGO: MS é pioneiro no trabalho integrado entre as forças de segurança

Jefferson Gonçalves - Capital News

O Estado de Mato Grosso do Sul desde 2005 vem sendo considerado pioneiro na atuação contra a criminalidade após padronizar em suas instituições de segurança, o sistema SIGO (Serviço Integrado de Gestão Operacional). O SIGO é um software disponibilizado por uma empresa terceirizada, utilizado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para armazenar dados das ocorrências atendidas pela Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e outras unidades de segurança do Estado.

Tendo como objetivo dinamizar o atendimento à população, o SIGO substituiu o antigo modelo de registro de ocorrência manual. “Hoje, uma ocorrência é registrada detalhadamente pelo sistema desde o momento em que a ligação chega através do 190 até o momento em que o juiz executa a sentença. Antes de sua implantação, corríamos o risco de perder informações importantes no registro de uma ocorrência, além da demora para a solução de um caso. Podemos afirmar que hoje, na Capital, 100% das instituições de segurança têm acesso ao Sigo” afirma o assessor de imprensa da Polícia Civil e coordenador do SIGO, o delegado Jefferson Nereu Luppe. “O SIGO permite que todas as unidades compartilhe as mesmas informações do banco de dados. Se uma delegacia de Campo Grande quiser informações sobre um suspeito que tenha cometido em outra cidade do estado, ela terá essa informação se estiver registrado no SIGO” informa o delegado.

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O coordenador do SIGO, delegado Jefferson Nereu Luppe. "Mato Grosso do Sul foi o primeiro a utilizar o serviço de integração de segurança"
Foto: Deurico/Capital News

De acordo com o delegado, todas as 192 unidades da Polícia Civil estão integradas ao Sigo, assim como outras instituições de segurança como a própria Sejusp, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual, Polícia Federal, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Coordenadoria Geral de Perícias, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Poder Judiciário Estadual e Federal, Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Exército, Marinha, Aeronáutica, imprensa e mais recentemente as Uneis. “As uneis foram as últimas a integrar o sistema do SIGO, pois percebemos que havia essa necessidade de disponibilizar dados sobre os adolescentes infratores para as nossas unidades, para melhor atuação neste campo” acrescenta.

Pioneirismo em integração

Pela simplicidade de operação e até pela lógica da função que o SIGO realiza, seria comum encontrar este sistema distribuído em todas as unidades de segurança do Brasil, porém não é o que acontece na prática. O Sistema de Integração entre as unidades é distribuído atualmente em apenas três estados do Brasil, sendo eles: Acre, Maranhão e Mato Grosso do Sul. “Se compararmos o nosso sistema de registros com unidades da região sudeste, por exemplo, poderemos perceber que não há uma conversa entre as instituições de segurança, o que certamente provoca a demora na resolução dos casos” afirma o delegado. “É necessário perceber que com o SIGO, o policial militar terá acesso as mesmas informações que o policial civil tem” acrescenta.

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Sala da delegacia virtual na sede da Polícia Civil, onde está localizada a sede do SIGO
Foto: Deurico/Capital News

“Podemos definir o SIGO como uma resposta ao crime organizado. Assim como o crime está se tornando cada vez mais organizado, houve a necessidade para que as instituições de segurança fizessem o mesmo. O governo federal percebeu isso e vem trabalhando para integrar as forças através do Infoseg, tanto que o SIGO abastece o banco de dados do Infoseg com as informações registradas em seus boletins de ocorrência” diz o delegado.

Por possuir este sistema exclusivo, Mato Grosso do Sul é modelo no treinamento de outras unidades do Brasil que pretendem receber o sistema. Para o delegado, os entraves políticos impedem que o sistema de integração de segurança alcance nível nacional. “São questões de políticas de segurança pública, nesse caso cada um age da melhor forma em relação à segurança pública. Cada estado tem a sua política, então cabe a cada um conseguir a melhor forma de integrar as suas forças de segurança” diz o delegado.

Melhorias

Segundo delegado Jefferson Luppe, o SIGO é um sistema que acompanha constantemente os avanços tecnológicos e o próximo passo da integração entre os órgãos de segurança será trazer esta tecnologia e dinamismo no atendimento, para a palma das mãos. “Essa facilidade e rapidez proporcionada pelo SIGO deve acompanhar o policial seja ela em sua viatura, em um notebook ou em um smart phone. Isso acrescentaria melhorias no registro ocorrências. O policial poderá acessar as informações de forma mais rápida. Acredito que essa possibilidade de trazer o SIGO para a palma da mão do policial, através de instrumentos portáteis, seja o próximo passo para melhorar o sistema” afirma o delegado

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Mato Grosso do Sul posssui atualmente todas as suas 192 delegacias integradas pelo SIGO
Foto: Deurico/Capital News


 Por Jefferson Gonçalves - Capital News

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