O inverno já deu as caras e em busca do aconchego, fazemos de tudo para permanecer quentinhos não é mesmo? Seja por meio de roupas ou mesmo embaixo das cobertas, no entanto, nem todo mundo têm a mesma sorte.
Os últimos dias do outono no Estado foram marcados por mínimas geladas desde 1960 e agora com a chegada oficial do inverno nesta quarta-feira (21) a previsão é de mais frio nos próximos dias. Diante deste cenário, você já pensou em fazer um gesto de caridade nesta estação e aquecer algumas pessoas?
Há dez anos a médica em Oncologia Clínica Dra. Camencita Sanches Lang encontrou nas toucas de tricô uma forma de levar conforto e esperança a aqueles que fazem tratamento contra o câncer. Isso porque, além dos efeitos colaterais do tratamento, os pacientes tende a lidar com um desafio a mais: a perda de cabelo, essa condição que afeta a autoestima, por exemplo, se complica com a chegada do inverno, diz a especialista.
Só consigo parar para produzir nessa quantidade quando penso que é para ajudar alguém
Pensando nisso, a médica decidiu dedicar suas noites a confecção das toucas de tricô. Após os afazeres de casa, a Dra Camencita coloca seu moletom, sua meia e se assenta na poltrona para produzir os acessórios. Tudo é feito com muito carinho, as toucas são coloridas e de muito bom gosto, só neste ano a ela já fez mais de 40 toucas.“É um momento muito bom que tenho no meu dia. Só consigo parar para produzir nessa quantidade quando penso que é para ajudar alguém”, disse.
Assim como a Dra. Carmencita, quem se preocupa em dedicar tempo em ajuda ao próximo é cozinheira Fátima Aparecida Gomes de 61 anos. A dona Fátima é moradora do bairro Ramez Tebet, bairro da periferia de Campo Grande, há mais de 10 anos ela faz sopas e distribui as quintas-feiras para os moradores da região.
Nesta época de frio, além das sopas ela doa agasalhos arrecadados, a cozinheira fala que as sopas são feitas com alimentos doados e entregues na casa dela. Ela começou as entregas no jardim Fluminense e de lá passou para o bairro onde reside atualmente.
Se cada um fizer a sua parte a gente consegue fazer um mundo melhor
A maior motivação dela é tentar amenizar a fome e o frio de algumas famílias doando a sopa e agasalhos. “Se cada um fizer a sua parte a gente consegue fazer um mundo melhor”, detalha ela.
Quem também não mede esforços em fazer o bem ao próximo é o aposentado Arino Abrao da Fonseca, ele é voluntário do Grupo Fraterno Pingo de Luz. Pelo menos uma vez por semana, com ou sem a companhia dos integrantes do grupo, ele entrega cobertores a famílias em situação de vulnerabilidade no bairro Noroeste.
O Grupo Fraterno Pingo de Luz mantém um trabalho de assistência as famílias vulneráveis semanalmente desde 2015 e conta com cerca de 60 voluntários. Juntos, eles apoiam uma creche com 300 crianças, distribuem sacolão para idosos, doentes e desempregados e também possuem um grupo no whatsApp com mais de 1800 pessoas desempregadas onde todos os dias divulgam mais de 100 vagas de empregos.