A escassez das linhas de crédito provocou nova reação do governo, que anunciou mais R$ 5 bilhões para o setor. Para isso, a equipe econômica pretende reduzir os depósitos compulsórios. Funciona assim: as instituições financeiras privadas são obrigadas a entregar ao Banco Central (BC) 60% dos depósitos à vista, feitos pelos clientes. A proposta seria fazer um abate no volume que os bancos têm que repassar ao BC. Dessa forma, sobraria mais dinheiro para ser aplicado em crédito rural.Os recursos seriam somados aos R$ 5 bilhões que o Banco do Brasil já antecipou do previsto para o período de julho a dezembro do plano safra e que estão disponíveis aos produtores. Se necessário, conforme o diretor de agronegócio do Banco do Brasil, mais recursos serão disponibilizados para o custeio do plantio.
O governo está monitorando o desembolso e a demanda por crédito rural. Então, se os R$ 5 bilhões forem insuficientes ele vai alocar mais recursos ao longo do tempo. Não vai faltar recursos ao longo de toda a safra – assegura o diretor de Agronegócio Banco do Brasil, José Carlos Vaz.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), as medidas que estão sendo tomadas mostram que o governo está atento aos reflexos da crise financeira.
Não podemos dizer que ainda não resolve o problema de custeio, mas são movimentos importantes diante desta crise que se estabelece. O governo começa a se preocupar para não chegar o momento de que precisa começar o plantio e os agricultores não tem recursos suficientes por parte do governo brasileiro – diz Manoel dos Santos.
Campo Grande 00:00:00 Quinta-feira, 09 de Janeiro de 2025
