O Brasil confirmou dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da “vaca louca”. Com a confirmação, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), emitiu um comunicado anunciando que mesmo com os casos o país mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença.
Titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck explica que os casos atípicos foram registrados durante inspeção de ante-mortem, o que significa que vacas de descarte que apresentavam idade avançada. “Não há risco para a saúde humana e animal”, enfatizou.
Após a confirmação dos casos, no dia 3 de setembro, o Brasil notificou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), seguindo as normas internacionais. Conforme a Semagro, as exportações brasileiras de carne bovina permanecem normais, exceto para a China, que suspendeu importações da carne bovina brasileira até que as autoridades finalizem a avaliação das informações repassadas sobre os casos, a medida foi baseada nos protocolos sanitários firmados entre os dois países.
Principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, a China contribuiu para o avanço em 16,7% do número das importações entre os meses de janeiro a agosto de 2021, se comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com a Semagro, a carne bovina é o terceiro produto mais exportado pelo Estado, o que corresponde a 12,8% da participação da balança comercial, com aumento de 26% em 2021.
Jaime Verruck ressalta que a paralisação das exportações para a China impactam diretamente no preço da arroba do boi paga ao produtor, tendo em vista a importância econômica da China. “A situação está sob controle com as medidas adotadas, mas a suspensão da China deve ter impacto no mercado local. Esperamos que as autoridades chinesas retomem ainda esta semana as exportações”, afirmou.