Terça-feira, 17 de Junho de 2008, 16h:25 -
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Dívida Rural soma R$ 3 bilhões em MS
Redação Capital News (www.capitalnews.com.br) (JG)
A Medida Provisória nº. 432, de 27 de maio de 2008, que instituiu medidas de estímulo à liquidação ou regularização de dívidas originárias de operações de crédito rural e de crédito fundiário foi tema das discussões entre os representantes de 41 Sindicatos Rurais de Mato Grosso do Sul.
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), Eduardo Riedel, apresentou um levantamento do débito dos produtores rurais de MS em dívidas vencidas e a vencer. O saldo total, conforme os números apresentados, é de R$ 3,74 bilhões.
“É preciso estar atento que temos saldos já vencidos e os que ainda vão vencer somados neste levantamento”, comentou o vice-presidente, acrescentando que a renegociação desses débitos ainda não satisfaz a classe.
O vice-presidente participa na quinta-feira (19) de uma reunião e m Brasília (DF) que vai analisar a Medida Provisória. Entre os pontos destacados, Riedel pediu para que os produtores ficassem atentos às dívidas medidas que renegociam saldos relativos ao custeio e investimento.
“Se houver renegociação das dívidas de investimento é preciso que o agricultor pague 40% da parcela, caso o produtor repactue seu débito, ele não obterá crédito”, alertou.
O presidente da FAMASUL, Ademar Silva Junior, lembrou ainda que as dívidas antigas como o PESA e a Securitização tem sua base de cálculo aviltada e que a entidade junto com os Sindicatos Rurais pode estudar uma forma de solicitar na justiça o recálculo desse débito.
Geadas
A geada que atingiu a região sul do Estado pode agravar ainda mais a situação das dívidas rurais, conforme alertou Riedel. “Os produtores precisam estar atentos, pois a produtividade da safrinha não será mais aquela que estávamos aguardando”.
Quem não acertar as parcelas ou mesmo correr atrás da prorro gação corre o risco de ficar sem crédito e ainda ter seu déb! ito soma do aos prejuízos da baixa produtividade.
O assessor de agricultura da entidade, Lucas Galvan, calcula que principalmente a região sul do Estado – Amambai, Ponta Porã, Maracaju, Dourados, Laguna Carapã – foi a mais prejudicada.(Sato Comunicações)