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Rural Quarta-feira, 06 de Agosto de 2008, 14:59 - A | A

Quarta-feira, 06 de Agosto de 2008, 14h:59 - A | A

Florestas plantadas podem ser alternativa econômica para o Estado

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br) - (DA)

Uma atividade complementar às já tradicionais culturas da pecuária de corte, a produção de grãos (principalmente soja e milho) e ao momento sucroalcooleiro, com a produção de etanol por meio da cana-de-açúcar, é a silvicultura - a plantação de florestas para geração de energia e para aplicação da madeira em outros fins.

O assunto foi tema do evento Café com Notícias, promovido pela Painel Florestal, que aconteceu na manhã de hoje (6), na Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems). O secretário-adjunto da Secretária de Produção e Turismo (Seprotur), Paulo Engel, salientou que o desafio de desenvolver a silvicultura ainda é grande.

“Antes de tudo, a plantação de florestas é uma atividade que gera certas contestações, pela própria questão ambiental e outros agravantes. Contudo, Mato Grosso do Sul tem atraído indústrias para o Estado, como siderúrgicas que utilizam o carvão vegetal para geração de energia, e estão explorando as reservas de minério. Nosso potencial é enorme, mas é preciso agregar valor aos produtos desenvolvidos e fazer a exploração de forma responsável social e ambientalmente”, explanou Paulo.

Segundo a Seprotur, quatro empresas da área de siderurgia já estão instaladas em Mato Grosso do Sul, como a Vetorial e MMX, que estavam presentes no evento. Juntas, elas geram 769 empregos, com investimentos acima de R$ 234 milhões (precisamente R$ 234.533.861,00). Há 3 projetos em negociação para implantação nos municípios de Aquidauana e dois em Três Lagoas, com valores aplicados de quase R$ 500 milhões.

Para o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Famasul), Eduardo Riedel, o meio ambiente deixou de ser bandeira de grupos minoritários. “Hoje, a questão ambiental não é mais modismo ou evento transitório. O meio ambiente é um modelo de negócio lucrativo e que precisa da colaboração dos diversos setores para ser fomentado de maneira estruturada”.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Cidades, Planejamento, Ciência e Tecnologia (Semac), o Estado possui 9 milhões de hectares de pastagens degradadas, nas quais pode ser investido o capital para formação de florestas plantadas. Para a Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), Mato Grosso do Sul já é o 3º pólo siderúrgico do País, e em breve, deverá se tornar auto-sustentável na produção de carvão vegetal. “A intenção é dobrar a área de florestas plantadas atuais, que estão em 250 mil hectares, para 500 mil hectares”, afirma Luis Calvo Ramires Júnior, diretor-presidente da Reflore/MS.

Os municípios de Ribas do Rio Pardo, Água Clara e Três Lagoas concentram a maior parte das florestas plantadas no Estado. A utilização da madeira de silvicultura pode ser utilizada na geração de energia para siderurgia, produção de celulose (matéria-prima para o papel), móveis e chapas de madeira.

Participaram do evento, Famasul; empresas Vetorial, MMX e Simasul; Fiems; Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal de MS (Sindicarv); Reflore/MS) e Sebrae. Está disponível a cobertura completa no site www.painelflorestal.com.br (Com Assessoria)

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