O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), Eduardo Riedel, e o presidente da Associação de Produtores de Soja de MS Aprosoja, Almir Dal Pasquale, participaram da entrega do Plano Agrícola e Pecuária PAP 2009/2010 nesta quinta-feira, dia 14, ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Reinhold Stephanes. A solicitação dos produtores de todo o país é R$ 120 bilhões para a próxima safra e também medidas contra o impacto da crise financeira no setor agropecuário.
Riedel afirmou que MS precisa de pelo menos de R$ 4,5 bilhões para a próxima safra. Conforme os dados apresentados, nesta safra, as culturas de soja, milho 1ª safra e 2ª safra, algodão e trigo demandaram investimentos da ordem de R$ 4,2 bilhões.O ministro pareceu estar ciente dos problemas e se mostrou receptivo em relação à solicitação de crédito, comentou o vice-presidente.
Entre as solicitações do Plano entregues pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu está a ampliação do volume de crédito oficial para R$ 120 bilhões para a próxima safra, redução das taxas de juros dos financiamentos de 6,75% para 5%, criação do Fundo de Compensação de Riscos do Setor Agropecuário para minimizar os riscos de inadimplência das operações de crédito rural e facilitar o acesso ao crédito, além de medidas complementares para reduzir os efeitos da crise financeira mundial no setor agropecuário.
O documento entregue ao governo também pede a elevação do limite de recursos por produtor para custeio da produção, com teto de R$ 900 mil para a agricultura e de R$ 300 mil para a pecuária. Para a comercialização, foram propostas a correção dos preços mínimos de algumas culturas e a criação de um programa de subvenção ao prêmio de contrato de opções para garantir a comercialização da produção a preços adequados. Para as operações de investimento, CNA e OCB pediram a redução do spread bancário para até 3% nos programas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e elevação do prazo para pagar os financiamentos.
Outra solicitação feita foi o aporte de R$ 400 milhões para a subvenção ao seguro rural e a ampliação do limite desta subvenção, de 50% para 75%, em culturas como algodão, milho, arroz e soja. O teto máximo subiria de R$ 32 mil para R$ 40 mil. De acordo com a proposta, a subvenção seria estendida à cafeicultura, com limite de 60%. O setor pede também medidas específicas por cultura, como o incentivo à pesquisa de cultivares de trigo a inclusão da cana-de-açúcar e da pecuária de corte na Política Geral de Preços Mínimos (PGPM) e a criação de Cédulas de Produto Rural (CPRs) para o álcool. (Com informações da Acrissul)