A colheita da safra de soja está se aproximando e agricultores especialistas sugerem que para não haver precipitações durante a colheita, a soja seja dessecada para acelerar a retirada da oleaginosa nas lavouras.
O excesso de precipitações sobre as lavouras de soja coloca dúvidas quanto ao potencial produtivo no Mato Grosso do Sul, especialmente na região sul, que representa 70% da produção estadual.
“O sul do estado sofreu demais com as chuvas até o fim de dezembro, que foram bem pesadas, enquanto na região de Sidrolândia [Centro Norte de Mato Grosso do Sul] não choveu tanto assim”, explica o consultor de grãos da INTL FCStone, Guilherme Cioccari, que esteve a campo documentando as condições da safra.
O norte apresenta uma situação mais confortável, mas produtores relatam a má distribuição das chuvas, que vêm intercalada com temperaturas elevadas, e também prejudicam o andamento da safra e o início do ciclo de inverno do milho.
Ainda com relação ao clima, em Dourados, as preocupações vêm do excesso de chuvas que resultaram em raiz superficial e consequente perda do potencial produtivo. Caso as intempéries se confirmem, a Famasul projeta média de 48 sacas de soja para o estado (e total em torno de 7,3 milhões de toneladas).