“É um programa desenvolvido pelo Ministério das Minas e Energia bastante ousado e que demanda um envolvimento operacional por parte das usinas do País todo”, afirmou o presidente Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Hollanda, durante o evento Renovabio Itinerante, no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande/MS.
A reunião teve 19 representantes de unidades sucroenergéticas de Mato Grosso do Sul. De acordo com assessoria a meta é dobrar a produção de etanol no Brasil, saltando de 16 bilhões de litros para 47 bilhões de litros até 2030. O encontro é uma iniciativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e tem como objetivo estimular os produtores à adesão ao processo de certificação eficiente de biocombustíveis.
O Renovabio vai demandar cada vez mais eficiência na produção de etanol por parte das usinas. “Então todo mundo precisa estar muito comprometido com esse processo e a ideia desse evento é trazer a ANP, que está a cargo da regulação do processo, para ter essa conversa e dar a orientação para as unidades. Também trouxemos empresas certificadoras. É a forma de incorporarmos o Renovabio de forma intensa em mato Grosso do Sul”, completou Roberto.
Palestras
As especialistas em regulação da ANP, Maria Auxialiadora Nobre, que também é coordenadora substituta do Renovabio, e Danielle Ornelas, explicaram sobre a certificação e credenciamento de firmas inspetoras, além de falar sobre a atual legislação e a nova resolução da ANP. As duas especialistas ainda abordaram a RenovaCalc, ferramenta que faz o cálculo da Nota de Eficiência Energética Ambiental, documento necessário para a certificação e para adesão ao Renovabio.
Já o sócio consultor da certificadora Green Domus, Higor José Vieira do Valle, apresentou aos presentes os desafios do Renovabio e da certificação e o cenário do mercado de biocombustível. “Já fizemos várias visitas, vários projetos e a ideia é trazer um pouco dessas experiências e preparar quem ainda não conhece o programa sobre como funciona a certificação, que é diferente de outras auditorias e exige uma competência técnica que a inspetora deve ter para garantir que a Nota de Eficiência Energética da usina é o mais próximo da realidade e está assegurada com lastro ambiental”, comentou.