Às vésperas de deixar comando da OAB-MS, Fábio Trad faz balanço sobre sua gestão e comenta possibilidades políticas em 2010

Presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Mato Grosso do Sul), Fábio Ricardo Trad, encerra o mandato na entidade como sendo recordista de popularidade. Conforme pesquisa do Ibrape (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística). Obteve 87,6% (ótimo e bom), 7,3% (regular) e 5% (ruim/péssima). Em primeira mão, ele já havia afirmado ao Capital News que é pré-candidato ao cargo de deputado federal. Agora, em entrevista exclusiva, conta mais sobre seus planos após fim de mandato na entidade representante dos advogados.

Filiado ao PMDB, Fábio Trad, deixa a presidência da OAB-MS no dia 31 de dezembro com o firme propósito de continuar colaborando com os advogados e demais segmentos da sociedade, atuando, se possível, na Câmara Federal.

Capital News: No dia 31 de dezembro de 2009 encerra o seu mandato à frente da OAB-MS. Qual foi o principal ponto positivo de sua gestão?

Fábio Trad: O principal ponto positivo foi o de conseguir fazer da OAB um farol, deixando de ser mero espelho.

Capital News: E o que lhe frustrou nestes três anos?

Fábio Trad: Nenhuma frustração, pois embora não tenha feito tudo o que quisesse, eu fiz tudo o que pude.

Capital News: Comparando às condições do advogado hoje com o passado, o que poderia ser destacado?

Fábio Trad: O advogado tem mais estrutura de serviços a sua disposição. Se ele quiser ter acesso à cultura jurídica, ele pode fazê-lo gratuitamente pelo site da ESA-MS; se ele não tiver condições financeiras de custear despesas para obter a sua intimação, ele pode fazê-lo gratuitamente pelo sistema Liber no site da OAB-MS; se ele quiser poupar e mesmo assim melhorar o seu escritório, basta que ele - gratuitamente - acesse o sistema PROMAD no site da Caixa de Assistência. Enfim, hoje o advogado sabe que a OAB existe e presta serviços.

Capital News: Qual é a sua expectativa sobre a próxima gestão?

Fábio Trad: Boa. O Leonardo Duarte assumirá uma OAB-MS com vários programas corporativos e institucionais em andamento e que, sendo aperfeiçoados, trarão grandes benefícios aos advogados e a sociedade. Além disso, ele poderá criar outros mecanismos inovadores para melhorar as condições da advocacia.

Capital News: E a política do Conselho Federal, quem a OAB-MS apoia para presidir a entidade?

Fábio Trad: Assinei a indicação de Ophir Cavalcanti Júnior porque como a advocacia sul-mato-grossense não apoiou o Vladimir, o nome do Ophir representa a mesma concepção de OAB adotada por Busato e Cezar Britto. Entretanto, a próxima bancada de conselheiros federais terá a missão de escolher e votar. Espero que vote em Ophir. Torço por isso, mas não posso e não devo me intrometer em uma decisão do Afeife, Espíndola e do Carmelino.

Capital News: A campanha foi acirrada e agressiva. Houve troca de ofensas e xingamentos. Os políticos entraram na campanha. Sua família (pai, mãe e irmãos) foi atacada e a sua gestão criticada até quando apresentava conquistas aos advogados. Como está Fábio Trad após a derrota de Ary Raghiant na eleição da OAB-MS?

Fábio Trad: Deus está presente em minha vida. Minha família está com saúde. Meus filhos estão entusiasmados com os estudos. Meus pais e irmãos sentam-se na mesma mesa nos almoços de domingo. Meus amigos não perderam o bom humor. O nosso trabalho na OAB tem a aprovação de 87,7% dos advogados. Além disso, o Botafogo não caiu para a segunda divisão. Logo, continuo feliz.

Capital News: E o futuro?

Fábio Trad: Tudo depende de Deus. Ele guiará os meus passos!

Capital News: Sim, mas e a política?

Fábio Trad: A classe me liberou, elegendo outros nomes para representá-la em Brasília no Conselho Federal. Agora, estou pronto e me sinto preparado para disputar uma candidatura à deputado federal. Entretanto, gostaria de ser candidato no contexto de um grupo de companheiros que tenha espírito de união e coleguismo dentro do partido. Se for para ser sabotado e traído, como ocorreu na eleição da OAB, prefiro continuar na arquibancada torcendo pelo sucesso da minoria leal e honesta de amigos na política.