Confira o desempenho da Black Friday 2023, de acordo com cada estado do Brasil e com dados recentes de diversos estudos de mercado
Sasirin Pamai l iStock
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A Black Friday 2023 ocorreu no último dia 24 de novembro e apresentou uma performance de vendas inferior em relação aos últimos anos. O e-commerce brasileiro também registrou queda no faturamento de 16,3%, em comparação a 2022, totalizando cerca de 8,2 milhões de pedidos entre quinta-feira (23) e domingo (26).
Embora o ticket médio tenha crescido 2,1% em relação ao ano anterior, para R$ 639,47, a receita total do comércio eletrônico foi 14,6% menor, diminuindo para R$ 5,2 bilhões.
Os dados foram coletados de um estudo divulgado pela InfoMoney, reunidos pela plataforma Hora a Hora, da Confi.Neotrust, em parceria com a ClearSale, ambas as empresas de inteligência de dados.
Outro mapeamento, desta vez conduzido pela Nielseniq Ebit, constatou uma diminuição de 16,7% no número de pedidos a partir de quinta-feira, véspera da Black Friday. O maior fluxo de vendas foi registrado no mesmo dia, com 19,8%, mas após a sexta-feira apresentou uma tendência de retração.
Ao contrário do que se esperava, a diminuição no volume de vendas contraria as projeções de empresas de e-commerce para a data. A ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) previu um aumento de 17%, contabilizando a inflação durante toda a semana.
Em paralelo, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) avaliou um crescimento real de 4,3% nos lucros do setor em novembro, devido à queda nas taxas de juros e à desaceleração da inflação no período.
Um levantamento da MField também registrou uma alta de 32,2% na expectativa de compra antes da Black Friday. Já para a MindMiners e Spark, 6 em cada 10 brasileiros tinham certeza que realizariam compras na data varejista.
Todas essas projeções e expectativas foram contrapostas pela realidade registrada por uma análise completa conduzida pela Agência Conversion, especialista em dados e SEO, que também registrou quedas reais nas buscas deste ano, mas, principalmente, considerou a média móvel entre 2018 e 2023.
De acordo com o ensaio de dados coletados pelo Google em relação ao volume de buscas, a baixa nos últimos cinco anos foi de -152%. Os anos de 2018 e 2019 foram os períodos com maior procura; após isso, foram quedas ano após ano.
Mas, afinal, o que foi consumido e onde foi comprado?
A Conversion também analisou as compras conforme as regiões do país, e constatou que os 10 estados com maior montante de buscas foram, respectivamente e em ordem crescente:
- São Paulo (100);
- Distrito Federal (97);
- Minas Gerais (92);
- Rio de Janeiro (90);
- Espírito Santo (86);
- Pernambuco (85);
- Goiás (82);
- Bahia (79);
- Rio Grande do Norte (76);
- Santa Catarina (76).
Dentre os produtos mais consumidos, estão os eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos dos mais diversos tipos. Os destaques se dão para fritadeira elétrica, ventilador, televisão, ar-condicionado, smartphone, videogame, geladeira e muitos outros.
