A residência médica costuma ser o processo que define a especialidade a ser seguida pelo profissional em formação
Todo estudante de medicina que está se aproximando da conclusão do curso passa pelo mesmo dilema: qual especialidade seguir na sua residência médica? Essa é uma dúvida natural e muito importante – afinal, é um processo que quase sempre define o destino profissional do indivíduo. A residência é uma excelente oportunidade de ganhar experiência prática e descobrir se aquele segmento atinge suas expectativas.
Diante da dúvida, muitos estudantes optam por escolher uma residência de acordo com as matérias que mais gostaram de estudar durante a graduação, ou simplesmente seguem o exemplo de alguns dos seus professores. Apesar de serem alternativas válidas, na prática tudo isso pode se desenrolar de uma forma bem diferente das expectativas, então é importante avaliar os fatores corretos para evitar frustrações.
A seguir, confira o que deve ser considerado antes de escolher uma residência médica:
Salários
É natural que muitos profissionais sejam incentivados pelas expectativas de grande retorno financeiro – se esse for o caso, a escolha da especialidade é fundamental. A média de remuneração varia muito de um segmento para outro, além de existirem outros fatores que precisam ser considerados, por exemplo: em alguns casos, o salário inicial é mais alto que o normal, mas há pouca variabilidade ao longo da carreira.
Em suma, os salários mais altos demandam paciência e crescimento profissional. Quem opta por uma carreira como cirurgião, por exemplo, pode não começar ganhando aquilo que se espera, mas a longo prazo, é uma das ocupações mais bem remuneradas da classe. É necessário pensar em tudo isso antes de escolher uma residência.
Perfil dos pacientes
Saber com quem será preciso lidar no dia a dia profissional pode ser muito útil. Cada especialidade atende a um público diferente e isso é determinante, já que a habilidade de interagir com essas pessoas é um requisito importante. Pediatras precisam lidar com todos os tipos de pais, cirurgiões plásticos com pacientes muito exigentes, etc. Independente da categoria, é indispensável ter paciência e jeito com as palavras.
Isso também ajudará a enxergar com mais clareza que tipo de prognóstico é o “ideal” para o perfil do próprio profissional. O estudante está disposto a lidar com doenças crônicas e incuráveis ou prefere algo mais leve? Esses detalhes não podem ser ignorados.
Rotina de trabalho
A residência médica também é uma oportunidade perfeita de conhecer a rotina de trabalho de uma especialidade, então já é válido pensar nisso com antecedência. Trabalhar com plantões envolve passar longos períodos enfurnado em um hospital em jornadas mais extensas que de costume. Já outras especialidades permitem atuar em horários flexíveis e consultas previamente marcadas.
Em termos de remuneração, um único plantão pode render mais dinheiro do que várias consultas, então se submeter a uma rotina de medicina intensiva também tem as suas vantagens. Por isso, as demais dicas também se aplicam aqui – avaliar o salário e o perfil dos pacientes é fundamental nesse processo.