O presidente estadual do PPS, Athayde Nery
O PPS expulsou hoje 22 lideranças com mandatos municipais em Mato Grosso do Sul acusados de infidelidade partidária por apoiarem candidatos de outras siglas nas eleições do ano passado. A lista inclui o prefeito de Rio verde do Mato Grosso (que fica em MS), Willian Douglas, o vice-prefeito de Angélica, Fascincani, e vinte vereadores, dentre eles Mário César, de Campo Grande. Foram também destituídos onze diretórios municipais da sigla. A decisão foi tomada em reunião do Diretório Regional realizada pela manhã, no Hotel Concorde, na Capital. "Foi uma decisão democrática, tomada pelo voto de mais de 30 dos 50 integrantes do diretório regional presentes", me disse o presidente estadual do PPS, Athayde Nery, que é vereador em Campo Grande.
Embora tenha virado praxe na maioria dos partidos apoiar candidatos aliados, o pífio desempenho do PPS nas urnas de alguns municípios, conforme Athayde, seria a evidencia da infidelidade. "Tendo o prefeito e um vereador em Rio Verde, o PPS conseguiu só 40 votos", exemplificou. Em contrapartida, o deputado estadual Júnior Mocchi (PMDB), reeleito, foi muito bem vontado na cidade. Em Campo Grande, o vereador Mário César apoiou a reeleição do deputado estadual Carlos Marun (PMDB) e a campanha de Edson Giroto (PR) foi eleito deputado federal campeão de votos no estado. "É como alguém usar camisa dizendo torcer para um time e ir a um estádio escondido torcer pelo adversário", ilustrou. Embora tenha sido diretamente prejudicado como candidato a deputado estadual, Athayde afirma que "não teve revanchismo nem encaminhamento de ordem pessoal como alguns querem apregoar".
Depois do "limpa", Athayde acredita que o PPS sairá fortalecido rumo às eleições do ano que vem. "Já temos muitos processos de filiação em andamento e vamos lançar prefeitos várias cidades. O partido sai fortalecido. Quem chega não vem enganado nem enganando e sabe que não vai fazer contrabando com sigla", disse. "Cortar a própria carne é doloroso, mas é necessário", emendou.
Os 19 vereadores do interior expulsos pelo PPS são: Luciano Bragança e Luiz Antonio Milhorança (Angélica), Wezer Lucarelli (Aquidauana), Randerson Lima (Bataguassu), Joaquim Martos de Moraes (Brasilândia), Jose Anacleto da Silva, Agonaldo Santos e Cláudio Beraldi (os três de Eldorado), Fausto Jose de Souza (Glória de Dourados), Gerson Carneiro Escobar e Pedro Henrique Tavares (ambos de Itaporã), Helio Tadeu Ruiz e Sergio Henrique Braga (ambos de Jardim), Rose Mônica Duck Ramos e Francisco Alves Araújo (ambos de Jateí), Antonio Marcos Teodoro e Willian Fontoura (ambos de Pedro Gomes), Jose de Freitas Neto (Rio Brilhante) e Flávio Roberto Alves Britto (Rio Verde).
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