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ENTREVISTA Quinta-feira, 16 de Junho de 2011, 16:59 - A | A

Quinta-feira, 16 de Junho de 2011, 16h:59 - A | A

Russo quer honrar Marisa, preparar o país para exportações e defender a reforma tributária

Wendell Reis - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O empresário e agora futuro senador da República, Antônio Russo Netto, sem partido, recebeu o Capital News para falar da sua expectativa em assumir a vaga da senadora Marisa Serrano (PSDB), indicada pela Assembleia Legislativa (AL) ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). O empresário, um dos proprietários do frigorífico Independência, falou sobre os seus planos para o Senado, da sua volta ao Partido da República (PR) e das críticas por estar assumindo a vaga de senador após a falência do frigorífico, que causou prejuízo a diversos produtores no Estado. Antônio Russo Netto nasceu em São Paulo no ano de 1941. É um dos donos do Frigorífico Independência e já foi presidente do Sindicato da Indústria Frigorífica de Mato Grosso do Sul.

Capital News - O senhor deve assumir como novo senador de Mato Grosso do Sul após muita polêmica em torno da indicação da senadora Marisa Serrano ao TCE. Como está a expectativa e quais os primeiros passos do senhor após assumir o cargo?

Russo - Em primeiro lugar, dignificar o cargo da senadora, que é uma lenda aqui no Mato Grosso do Sul. Primeira senadora, uma mulher muito querida e muito competente. Muito querida em Brasília. O primeiro movimento é honrá-la, dignificá-la. Depois, vamos defender as atribuições do Estado, principalmente no que diz a minha atividade, que são os interesses da classe produtora. Nós temos alguns problemas no Brasil inteiro. Reforma florestal, casos de meio ambiente, de fronteira, índios. Enfim, bastante casos que são resolvidos por lá. Vamos encarar tudo isso. Se juntar aos senadores do Mato Grosso do Sul para defendermos estas causas.

Capital News - Os projetos do senhor vão ficar mais voltados para o agronegócio?

Russo - Sim, agronegócio, produção. Você vê que há um “pretencionismo” muito grande nos países fora do Brasil, que estão vendo o país nos próximos dois, três anos, sendo o maior produtor de grãos do mundo. Nós vamos ter diversos problemas com certificações, sanidade animal. Então, nós vamos ter que trabalhar muito para criar uma infraestrutura nos ministérios do agronegócio, para que nós tenhamos estas certificações e para darmos uma força a Embrapa. É uma instituição que nós vamos ter um carinho muito grande.

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Foto: Deurico/Capital News

Capital News - O senhor acredita que sua experiência como produtor e empresário pode contribuir no Senado para estas causas?

Russo - Eu só acredito nisso. É a contribuição que eu posso dar. Embora, a gente vá pensar em reforma tributária, que é um tema que interessa a todos e que eu sou bastante interessado a nível de Estado, que é um grande produtor, e ainda com algumas dificuldades na área de indústria. Então, nós temos que pensar bem na reforma tributária. Para o Mato Grosso do Sul não ser prejudicado.

Capital News - E quanto ao partido? O senhor foi eleito pelo PL, hoje PR, e depois foi para o PSDB. Como está a sua situação hoje?

Russo - Eu entrei na política tendo como padrinho o Paulo Corrêa. Ele foi o primeiro que me iniciou. Depois tive a benção do Londres Machado. Quando eleito, foi o Londres que me colocou na legenda, com a verticalização. Depois, quando fomos eleitos... O convívio com a Marisa no Senado ... O ambiente era todo PSDB. Vim, conversei com o Londres: - Para eu participar da intimidade do partido eu não posso continuar no PR, porque seria um peixe fora d’água. Fui para o PSDB, que é um partido maravilhoso. Fui muito bem recebido e com a liderança da Marisa me senti muito bem. Agora, pela circunstância de uma defesa jurídica, e para que não haja nenhum problema de outra ordem, achei melhor. Orientado por outros caciques, a própria Marisa, o André [Puccinelli] e o Londres, achei melhor me retirar do PSDB. Atualmente, estou sem partido, mas devo me filiar ao PR antes da posse.

Capital News - O senhor já fez este pedido?

Russo - Ontem à noite eu tive um convite oficial do Paulo Corrêa e do Londres Machado para retornar ao PR.

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Foto: Deurico/Capital News

Capital News - O senhor tem um problema com o frigorífico e parece que tem uma pessoa entrando com uma ação judicial para que o senhor seja impedido de assumir. Como está esta situação?

Russo - Eu estou hoje bastante confortável com isso. Todas as instituições do Mato Grosso do Sul e do Brasil me ligaram ontem. Recebi telefonemas de muitos pecuaristas. Talvez por que seja o meu ambiente, foi o que mais recebi. Agora, quanto a algumas críticas. Estamos vivendo um processo político na Acrissul e acaba sobrando para o governador e indiretamente para mim. O frigorífico está no nome da família. Foi por 11 anos o maior empregador do Estado e hoje já pagou 76% dos pecuaristas em volume de dinheiro. Então, ninguém está correndo. É uma recorrência natural, em que houve 21 recuperações judicial de frigorífico. Incluindo o Bertin e Sadia. Não foi o independência só. A Sadia foi incorporada pela Perdigão, o Bertin pelo JBR e o Independência não teve esta oportunidade de ser negociado e entrou nesta recuperação. Mas, é um caso que ainda neste ano vai ser resolvido.

Capital News - O senhor tem algum problema com o presidente da Acrissul, o Chico Maia? Ele chegou a dizer que o senhor nem precisaria representar a classe.

Russo - Eu acho que ninguém tem a concessão de representar a classe. Eu sou da classe. Tenho muitos amigos. Eu não conheço o Chico Maia. Mas, é natural que tome estas medidas. Porque ele está diante de um pleito, de uma eleição. Eu entendo perfeitamente a situação dele. Seria interessante que ele e o Zeito se unissem para fazer uma Acrissul tão forte como é a Famasul. Porque, se juntasse estes dois talentos, eu tenho certeza que a instituição seria um ... Não teria esta divisão. Não tenho nada contra ele. Até acho ele uma pessoa talentosa.

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Foto: Deurico/Capital News


Por Wendell Reis - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

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