Após o registrar, de janeiro a abril de 2020, um número 40% maior de focos de queimadas na região em relação ao mesmo período do ano passado, o Governo de Mato Grosso do Sul, enviou aeronaves e efetivo do Corpo de Bombeiros Militar para o município de Corumbá nesta terça-feira (21).
Dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), da Semagro, indicam que não há expectativa de chuva para Mato Grosso do Sul até dia 28 de abril. “Espera-se elevadas temperaturas e baixos índices de umidade relativa do ar. Segundo o modelo de previsão de numérica GFS/NOAA, preliminarmente as chuvas poderão retornar ao Estado no dia 29 de abril”, informa Franciane Rodrigues, coordenadora do Cemtec/Semagro.
Nesta terça-feira (21) já estão à disposição no Aeroporto de Corumbá duas aeronaves Air Tractor, específicas de combate à incêndio florestal, enviadas pelo Corpo de Bombeiros Militar de MT e do DF. Cada uma delas tem capacidade para lançar até 3.200 litros de água. De acordo com informações do Corpo de Bombeiro, também foi solicitada ao Ibama de Brasília a contratação de brigadistas em caráter temporário. Para o combate aéreo, foi solicitado outro helicóptero junto ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Monitoramento é feito pela Sala de Situação, que acompanha a evolução dos focos de incêndio em Mato Grosso do Sul, detectou uma série de fatores que estão acontecendo antes do período previsto. “O que aconteceu em março e vem acontecendo em abril é algo que nós esperávamos que só acontecesse a partir de junho. Nós estamos com indicadores que apontam quase dois meses de antecipação do tempo seco. Não temos ainda elementos suficientes para decretar emergência, mas já tivemos de tomar algumas medidas emergenciais imediatas em reação ao que foi detectado”, informou o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), que coordena o trabalho junto com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Ibama e Prevfogo.
Ainda segundo o secretário a Polícia Militar Ambiental vai investigar a origem das queimadas. “Queimada é crime ambiental e algumas denúncias recebidas pela PMA serão devidamente apuradas. Importante lembrar que existe uma técnica de queima controlada, que é o manejo integrado do fogo, que pode ser devidamente aplicada pelo produtor rural, sob orientação e controle do Imasul”, finaliza o titular da Semagro.