“A Rota Bioceânica não é apenas um corredor para escoar a produção, mas um importante meio para o desenvolvimento das regiões por onde ela passa. Isso hoje está bastante claro para os quatro países que integram o projeto”, afirmou o titular da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o secretário Jaime Verruck.
Para que a Rota Bioceânica cumpra seu objetivo de escoar a produção para o mercado asiático com competitividade e curto tempo, precisa de uma forte estrutura logística entre os quatro países por onde vai passar. Diversas obras de infraestrutura estão sendo realizadas, no Paraguai, por exemplo, 50% do traçado da rota está asfaltado, no trecho de Loma Plata a Carmelo Peralta. E o Governo Paraguaio já autorizou mais duas partes de asfalto. “A Rota Bioceânica é a construção de quatro países, com participação ativa dos governos federais e dos Estados que são efetivamente impactados, a participação da Itaipú no desenho e alocação de recursos. A integração dos ministérios também é fundamental para que o projeto avance nos quatro países”, afirma Verruck.
Em 2020, o Governo de Mato Grosso do Sul concluiu a pavimentação de 7,19 km do trecho que interliga a BR-267 aos portos de Porto Murtinho, tirando o tráfego pesado da área central. E iniciou as obras das rotatórias no acesso à cidade, sendo uma em frente ao Centro de Triagem Mecari e a outra, na entrada da cidade, disciplinando o trânsito e conectando-se às duas extremidades do anel viário.
Também está em andamento a elaboração dos estudos e do projeto do acesso à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho. A contratação foi feita pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para o contorno de 13,10 quilômetros de extensão, localizado entre o km 678,10 e o km 691,20 da BR-267 e o Centro Integrado de Controle de Fronteira.
Nas prioridades para 2021 do Governo do Estado, há várias ações para a Rota Bioceânica, entre elas o avanço da integração com o setor privado, com criação de comissões de cada um dos municípios de MS impactados pela rota. Conforme a Semagro, também é possível elencar o projeto do Porto Seco em Campo Grande que poderá ser integrado na rota, desenvolvimento de Plano Diretor de Porto Murtinho junto com pesquisas da UFMS, trabalhando sobre mudanças em relação ao turismo e desenvolvimento social da região, para o maior desafio que é o início das obras da ponte.