Diante do crescimento industrial no Estado, o Governo aposta na expansão de cursos técnicos e novas graduações para capacitar jovens e adultos para as chamadas “profissões do futuro”. Setores como logística e indústria já enfrentam dificuldades com a falta de mão de obra qualificada, incluindo motoristas de caminhão, o que reforça a necessidade de investimento na formação profissional.
O Executivo Estadual aponta que até mesmo há escassez de professores para capacitar trabalhadores. Com a economia em alta, os setores de papel e celulose, serviços, mineração, tecnologia da informação, bioenergia e citricultura seguem como destaques. A expectativa é ainda mais positiva com a conclusão das obras do Corredor Bioceânico, que deve impulsionar ainda mais a demanda por profissionais qualificados.
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) busca adequar sua oferta de cursos às necessidades regionais. Um exemplo é a criação do curso de silvicultura em parceria com a Suzano, em Ribas do Rio Pardo, onde há grande demanda por trabalhadores no setor de celulose. Além disso, graduações tradicionais, como engenharia e arquitetura, enfrentam novos desafios e se especializam em áreas como Tecnologia da Informação, Logística, Comércio Exterior, Energias Renováveis e Cidades Inteligentes.
A qualificação técnica, sob responsabilidade da Secretaria Executiva de Qualificação Profissional e Trabalho, também foca em setores em expansão, como celulose, citricultura, bioenergia, logística, proteína animal e mineração. Segundo o secretário executivo Esaú Rodrigues de Aguiar Neto, profissões como a de técnico em manutenção industrial são essenciais para diversas áreas produtivas. A dificuldade em preencher vagas persiste, afetando desde a indústria até bares e restaurantes, levando até mesmo o setor de transportes a buscar motoristas qualificados no Paraguai para atender à demanda.
