Deurico/Capital News

Rivelino e os filhos foram presos um dia após os corpos das vítimas serem achados
Pouco mais de um mês após ter sido preso como suspeito de envolvimento em latrocínio (roubo seguido de morte), ocorrido em Campo Grande, Alberto Nunes Mangelo de 20 anos, foi solto a mando da Justiça. Ele é filho de Rivelino Mangelo, 45 anos, que trabalhava de caseiro na chácara onde o crime ocorreu e pertencia às vítimas: o ex-vereador de Campo Grande Cristovão Silveira, 65 anos, e a esposa dele Fátima de Jesus Diniz Silveira, 56.
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A decisão pela liberdade provisória, com a concessão do alvará de soltura, é do dia 28 do mês passado e Alberto foi colocado em liberdade dois dias depois. Até então, ele estava detido no Instituto Penal da Capital, onde o pai segue preso e o irmão Rogério Nunes Mangelo, 19 anos, que também foi apontado pela polícia de ter participado dos assassinatos, cometidos em 18 de julho deste ano.
A alegação da defesa que teve o pedido de soltura atendido foi que Alberto é réu primário. Além disso, ele foi denunciado pela prática de crime de receptação, que não há violência ou grave ameaça.
Outra ponto sustentado no pedido foi que “a prisão preventiva é medida excepcional, só admitida quando presentes os pressupostos para sua decretação, tais sejam, indícios suficientes de autoria e prova materialidade do crime, somando-se a isso algum dos seguintes fundamentos: a garantia da ordem pública ou econômica, a conveniência da instrução criminal e para assegurar aplicação da lei penal, ex vi do disposto no art. 312 do Código de Processo Penal”.
O trio havia sido preso no dia 19 de julho e na mesma semana o quarto envolvido Diogo André dos Santos Almeida, sobrinho de Rivelino, morreu depois de ter sido baleado quando tentava fugir com a caminhonete Triton L-200, roubada das vítimas. O episódio aconteceu na BR-262, em Corumbá. Um quinto integrante do grupo criminoso que também estava na caminhonete conseguiu fugir.
O caso
Cristovão e Fátima foram assassinados a golpes de faca na chácara onde moravam, à margem da MS-080, na saída para Rochedo, em Campo Grande. A mulher ainda foi violentada sexualmente, conforme declarado pelos autores.
Na ocasião dos assassinatos, a L-200 do casal foi roubada. O veículo foi recuperado, porém destruído após interceptação em que Diogo foi morto por policiais.