Em Mato Grosso do Sul, mais de R$ 3,5 bilhões estão sendo investidos em infraestrutura viária nos últimos sete anos. Uma malha viária pavimentada integrando pólos econômicos, agregando áreas hoje improdutivas ao processo agropastoril e industrial, são novos caminhos para escoamento da matéria-prima com menor custo.
Três décadas depois de sua criação, o Estado ampliou seu potencial na atração de grandes indústrias e diversificando sua economia com mais geração de emprego, renda e sustentabilidade, com cenários favoráveis à produtividade primária e industrial, como incentivos fiscais e eficientes eixos de transporte.
Um plano de ação com projetos do governo federal, estadual e privados de expansão da malha ferroviária e investimentos no setor hidroviário – o sistema intermodal, estratégico em se tratando de logística, também são destaques das transformações estruturantes do Estado, que avançaram de 2007 a 2012, período em que o governo pavimentou 990 km de rodovias e recapeou outros 604 km, investindo R$ 2,1 bilhões.
O programa de ações do Governo do Estado incluiu a construção de 82 pontes de madeira e reforma e conservação de outras 1.021. Também foram construídas 80 pontes de concreto, dentre elas a sobre o Rio Miranda (MS-184), de 240 metros, no Pantanal de Corumbá.
“Se hoje temos aqui as maiores indústrias de celulose do mundo e outras 252 empresas vieram para o Estado, é porque a gente trabalha muito para melhorar a nossa infraestrutura”, afirma o governador André Puccinelli. A boa logística não beneficia apenas o grande empresário, acrescenta ele: “o pequeno produtor também ganha muito e o Estado se torna cada vez mais forte, mais integrado”.
Com o MS Forte 2, pacote de obras e ações do governo estadual, 100% dos 79 municípios se interligarão por estradas pavimentadas até 2014. O programa investirá R$ 1,44 bilhão em dois mil km de asfalto novo e 1.656 km de recapeamento, além de implantação e adequação de intercessões e acessos e logística, beneficiando 29 municípios. Um milhão de hectares serão potencializados, transformando bolsões vazios em celeiros produtivos.
“De Campo Grande até Três lagoas, de Campo Grande até Nova Alvorada do Sul e de Nova Alvorada até Bataguassu temos um retângulo e nesse miolo podemos agregar milhares de terras com aptidão para a agroindústria e outras atividades econômicas, como a madeira para celulose”, estima Puccinelli. “Assegurando infraestrutura geramos mais produção e emprego, o Estado cresce.”
Fazem parte das novas rotas de produção a pavimentação da MS-112 (Inocência-Cassilândia, com 85 km), a MS-040 (Campo Grande-Santa Rita do Pardo, com 209 km), a MS-419/BR-419 (Aquidauana-Rio Verde, com 228 km), a MS-430 (São Gabriel do Oeste-Rio Negro, com 54 km), a MS-430 (São Gabriel do Oeste-Rio Negro, com 54 km) e o entroncamento da MS-310-Paraíso das Águas (47 km).
O MS Forte 2 dará suporte aos arranjos produtivos (bacia leiteira, sucroenergia, turismo, apicultura, erva-mate, vestuário, cerâmica, etc) localizados em diversos municípios como em Corumbá, Coxim, Mundo Novo, Santa Rita do Pardo, Brasilândia, Três Lagoas, Água Clara, Selvíria, Inocência, Aparecida do Taboado, Paranaíba, Cassilândia, Juti, Iguatemi, Amambai, Rochedo, Terenos, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso e Rio Negro.
Ao visitar, em setembro, as obras da pavimentação da MS-430, que contornam a Serra de Maracaju, Puccinelli disse que a rodovia facilitará o escoamento da produção de grãos e de boi de uma região promissora, entre São Gabriel do Oeste e Rio Negro, se tornando também um chamariz turístico a uma mística morradia – divisor de águas entre o Planalto e o Pantanal.
“Em 2014, esta será mais uma das grandes rodovias de integração de Mato Grosso do Sul, dando valor à produção agrícola, à pecuária e ao turismo. E vai fomentar ainda mais essas belezas da serra”, afirmou o governador, anunciando a sua conclusão para julho do próximo ano. Outra obra emblemática em execução é a MS-040, cuja condição primária inibia a produção devido às dificuldades de acesso.
Dentro do Plano Estadual de Logística e Transporte, as ações do governo estão voltadas para garantir conexões rodoviárias e ferroviárias entre municípios localizados nas divisas com São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Goiás e nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai. O objetivo é viabilizar a rota bioceânica (até os portos do Chile) e baratear os custos das exportações para o Mercosul, Europa e Ásia.
Planejando o futuro com um plano de logística muito bem fundamentado e de médio e longo prazos, a atual administração se empenha para colocar Mato Grosso do Sul na condição de ponta como grande produtor de commodities, aliando a sua posição geográfica privilegiada com um sistema intermodal integrado e operativo. A plataforma logística estimula a cadeia produtiva, atrai novos projetos industriais e acelera o desenvolvimento.