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A Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) alerta os agricultores e pecuaristas a evitarem a prática de queimadas.
O aumento do risco de queimadas e incêndios, em áreas de pastagem, se dá pela baixa umidade do ar, vegetação seca e o período de estiagem de julho a setembro. A Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) alerta os agricultores e pecuaristas a evitarem a prática de queimadas na limpeza do solo para preparo de plantio ou formação de pasto.
De acordo com dados do PrevFogo do Ibama, na primeira quinzena deste mês de agosto o sistema inteligente de monitoramento da Instituição registrou um aumento de 491% focos de incêndio se comparado ao mesmo período do ano passado. 727 pontos de calor identificados só neste mês de 2015, contra 123 em 2014.
A Agraer recomenda os produtores rurais a adotarem outras tecnologias no lugar das queimadas durante essa fase do ano, inverno, em que as chuvas são mais escassas. Os aceiros compreendem uma faixa de terra com a finalidade de proteger a pastagem das bitucas de cigarros e outros potencializadores de incêndios.
Outro ponto de atenção ressaltado pela Agraer é quanto a normativa que, anualmente, proíbe a queima controlada no período de 1º de agosto a 30 de setembro. Nas áreas do Bioma do Pantanal, o prazo de estende até o dia 31 de outubro.
A resolução é de 8 de agosto de 2014, proferida em conjunto entre o Ibama e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade). A orientação é que os produtores fiquem atentos quanto a regulamentação vigente para que não sejam notificados por irregularidades no manejo do solo.
Ecossistema em alerta
De acordo com o ecólogo e coordenador estadual do PrevFogo do Ibama, Alexandre de Matos, as cidades da Bacia do Pantanal são as que apresentaram os índices mais alarmantes. De janeiro a agosto de 2015, já foram registrados 2.086 focos de incêndio em todo o território sul-mato-grossense. No ano passado, o sistema registrou apenas 1.030 casos. O valor desses últimos oito meses corresponde a 83% de todos os casos registrados em 2014, que foi de 2.439 focos de janeiro a dezembro.
Por conta dos 2.086 casos já registrados somente este mês, o ano de 2015 já é considerado o terceiro ano com maior foco de incêndios no mês de agosto, dos últimos seis anos, perdendo apenas para 2012 em que houve o monitoramento de 1.548 focos e 2010 que notificou 515 casos.
No ranking de municípios, Corumbá é a cidade que apresenta o maior número de registros até o momento, com 980 casos. Em seguida vem Aquidauana, Porto Murtinho, Miranda e Costa Rica, respectivamente, com 190, 80, 55 e 45 focos de calor rastreados. A Capital ocupa a 13º colocação nesse quadro, com 22 registros.