A Cachoeira do Rio do Peixe, localizada em Rio Negro, Mato Grosso do Sul, voltou a ter queda d'água após secar completamente em outubro do ano passado. A recuperação foi realizada pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP) com o apoio da Polícia Militar Ambiental e proprietários de terras ao longo do rio. O projeto envolveu o monitoramento via satélite e correções no solo para desobstruir o curso do rio, abrangendo uma área de 40 hectares.
A cachoeira, uma das maiores do estado com 70 metros de altura, havia parado de receber água devido a obstruções formadas pela vegetação e intervenções humanas, como desvios para abastecimento de regiões. O biólogo Sérgio Barreto, que acompanhou o processo, explicou que a estiagem não foi a única causa da seca da cachoeira e que a correção do solo foi essencial para restaurar o fluxo de água.
O trabalho de recuperação foi realizado ao longo de quatro meses e contou com a colaboração dos fazendeiros da região, que forneceram maquinário e apoio. A primeira etapa envolveu a desobstrução do curso d'água, e a segunda fase, ainda em andamento, foca na recuperação da mata ciliar para garantir a estabilidade do rio.
A expectativa é que a cachoeira não volte a secar completamente, mesmo com possíveis estiagens no futuro. A recuperação não só beneficia o ecossistema, mas também é essencial para a pesca de subsistência e o turismo local, que depende da imponência da cachoeira para atrair visitantes.
