Mato Grosso do Sul deve enfrentar um período de tempo seco nos próximos meses, com chuvas abaixo da média histórica e temperaturas acima do normal, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec). A previsão, que abrange os meses de setembro, outubro e novembro, indica que a maioria dos municípios do Estado terá pouca precipitação, aumentando o risco de incêndios florestais, especialmente nas regiões pantaneira e sudoeste.
O Cemtec divulgou um balanço das chuvas na primeira quinzena de agosto, mostrando que 40 cidades sul-mato-grossenses já apresentaram precipitação abaixo da média histórica, enquanto apenas cinco registraram chuvas acima do esperado. Esses dados, combinados com modelos climáticos, sugerem que o trimestre Setembro-Outubro-Novembro (SON) terá índices de chuva de dentro a abaixo da média em grande parte do Estado, com exceção da região extremo sul, onde os acumulados podem se manter dentro do esperado.
Além disso, as previsões indicam que as temperaturas do ar ficarão acima da média histórica, tornando o trimestre mais quente que o normal. Essas condições meteorológicas desfavoráveis aumentam o alerta para a ocorrência de incêndios florestais nos próximos meses.
O Cemtec também destaca a previsão de 66% de probabilidade para a ocorrência do fenômeno La Niña entre setembro e novembro, o que pode impactar ainda mais o regime de chuvas e a frequência de massas de ar frio, afetando as condições climáticas gerais do Estado.
Média histórica de precipitação e temperatura
Segundo a média histórica de precipitação para o trimestre, esperada com base em dados de 30 anos (1981 a 2010), a chuva deve variar entre 300 e 400 mm na maioria das regiões de Mato Grosso do Sul. No noroeste do Estado, os acumulados variam entre 200 e 300 mm, enquanto no sul e sudeste, a variação deve ser entre 400 e 600 mm.
Em relação à temperatura, a Normal Climatológica para o trimestre SON indica que grande parte do Estado deveria registrar valores entre 22°C e 26°C, com o noroeste variando entre 26°C e 28°C e o extremo sul entre 20°C e 22°C.
Diante desse cenário, o Cemtec reforça a necessidade de vigilância e preparação para mitigar os impactos dos incêndios florestais e das condições climáticas adversas previstas para o período.