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Cotidiano Terça-feira, 21 de Junho de 2011, 09:59 - A | A

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Motorista diz que Zeolla estava tranquilo no dia do crime, mas depois o ameaçou

Gilmar Hernandes e Vinícius Squinelo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Etevaldo Machado, o menor que trabalhava para o procurador de justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla, disse em juízo que ele estava bastante tranquilo no dia do crime. Declarou que chegou as 6h30 do dia 3 de março de 2009 para trabalhar, tomaram café e Zeolla pediu que o levasse de carro para caminhar no Horto Florestal. Logo após pediu para subir a Rua Bahia e ficaram parados próximo a uma academia.

Ele relata que quando o sobrinho Claudio Alexander Joaquim Zeolla passou pelo carro, ele desceu aproximou do rapaz e disparou, retornando para o carro. A testemunha disse que não viu a arma, mas escutou o disparo. Em seguida, foram para a saída para Três Lagoas, onde ele trocou de roupa e o viu jogando coisas em um córrego. Ao retornarem para casa, a Polícia já estava lá averiguando o caso.

Machado contou ainda que Zeolla estava extremamente calmo no dia do crime e que enquanto estavam parados próximo a academia, estavam ouvindo música. No entanto, após o crime, ele disse que Zeolla o ameaçou ordenando para que não contasse nada do que ocorreu. “Não conta nada para ninguém senão você vai ser o próximo”.

Zeolla está sendo julgado na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande pelo juiz Alexandre Ito. Ele é denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O réu foi também pronunciado pela entrega de veículo automotor a pessoa não habilitada.

Uma das testemunhas, Júlio Cesar Feitosa, disse que testemunhou o crime, pois ouviu o disparo e o corpo do rapaz estirado no chão. “Vi Zeolla entrando de arma punho e saindo do carro”.

A namorada da vítima, Natália Pereira Santos, ressaltou que moraram três anos juntos, mas na época do crime estavam brigados e ele estava morando na casa do avô, Américo Zeolla, mas que estavam retornando ao convívio. Ela reforçou ainda que Claudio contou que a empregada do avô estava utilizando o ventilador para descongelar a geladeira e ele não gostou, foi quando o avô tentou dar um tapa, mas o neto o empurrou, derrubando o avô.

O advogado de defesa, Ricardo Trad, contestou que ela não havia dito isso em juízo. A defesa não contesta o crime, mas ressalta que o avô teve de ser internado após a agressão do neto. O julgamento foi interrompido para Zeolla tomar medicamento e a expectativa é que siga até o fim da tarde.

Outras duas testemunhas, Juliana de Arruda e Laura Diniz, confirmaram que viram Zeolla com a arma na mão e logo após o crime entrou no carro e fugiu. Três testemunhas de defesa estiveram presentes: os procuradores de Justiça, João Albino Cardoso Filho, Irma Vieira de Santana e Anzoategui e Marcos Antonio Martins Sottoriva. Eles falaram sobre a vida profissional de Zeolla, que entrou no Ministério Público Estadual sendo o primeiro colocado da turma de 1990, passando pelas promotorias de Justiça de Naviraí, Dourados e Campo Grande.


Por Gilmar Hernandes e Vinícius Squinelo - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

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