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Cotidiano Quarta-feira, 31 de Maio de 2023, 07:05 - A | A

Quarta-feira, 31 de Maio de 2023, 07h:05 - A | A

Meta é redução de 90%

Primeira certificação de crédito de carbono deve garantir a conservação do Pantanal

Projeto na Serra do Amolar é o primeiro em certificação no Pantanal, dentro de reserva de preservação

Viviane Silva
Capital news

Divulgação/Portal MS

Créditos de carbono vai reduzir desmatamento do Pantanal

Projeto na Serra do Amolar é o primeiro em certificação no Pantanal, dentro de reserva de preservação

A primeira certificação de crédito de carbono no Pantanal foi anunciada nesta terça-feira, 30 de maio. Ao todos, 135 mil hectares da Serra do Amolar, em Corumbá (MS), agora são certificadas internacionalmente para comercialização de créditos de carbono. A área representa 7% do Pantanal. O projeto é de parceria entre o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Programa Conexão Jaguar, de conservação das onças-pintadas.

 

“Uma iniciativa inédita no Estado, que é um mecanismo que recebe crédito por desmatamento evitado. É uma iniciativa muito importante, porque mostra que o Pantanal tem um potencial ambiental econômico e acredito muito nessa linha, porque isso gera resultado para todo um conjunto, garantindo a preservação do bioma que é maravilhoso. Se a gente combinar bem o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, estamos no caminho correto e Corumbá tem participação direta nisso”, disse o governador.

Entre as metas, também, está a redução em 90% do desmatamento não planejado, incluindo principalmente o fogo, considerado principal fator de desmate no bioma. A certificação dos 231 mil créditos foi oficializada em abril deste ano, referente ao período retroativo, a partir de julho de 2016 a julho de 2020.

 

 

O lançamento foi realizado em Corumbá, no Memorial do Homem Pantaneiro, com presença do governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), secretários estaduais e comunidade local. 

Certificação

 

O projeto REDD+ Serra do Amolar certifica créditos de carbono relativos as ações para evitar o desmatamento e degradação do Pantanal, com um modelo de conservação ambiental que conta com atividades de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa e ainda promove ações de proteção da biodiversidade, em especial a onça-pintada.

 

Estas atividades desenvolvidas geram créditos comercializáveis no mercado voluntário de carbono, mostrando que o desenvolvimento sustentável no Pantanal pode gerar fontes de renda, junto a sua proteção e cuidado com o meio ambiente.

 

A certificação do projeto foi concedida pela Verra, que é uma organização sem fins lucrativos que opera padrões nos mercados ambientais e sociais, incluindo o principal programa de crédito de carbono do mundo, o Programa VCS (Verified Carbon Standard).

 

A iniciativa é a primeira no mundo em área úmida e faz parte da política estadual promovida em Mato Grosso do Sul que é tornar o Estado "carbono neutro" até 2030.

 

Para se chegar a este reconhecimento deve-se comprovar: 1º) que o desmatamento deixou de acontecer; e 2º) o compromisso com o cuidado com a biodiversidade.

 

 

Rita de Cássia Guimarães Mesquita, secretária nacional do Meio Ambiente, parabenizou a iniciativa realizada em Mato Grosso do Sul. "Estou na região dos pioneiros, que abre caminhos novos. Este projeto traz esta dimensão e um legado para as próximas gerações".

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