Campo Grande 00:00:00 Quarta-feira, 23 de Abril de 2025


Saúde e Bem Estar Quarta-feira, 23 de Abril de 2025, 09:10 - A | A

Quarta-feira, 23 de Abril de 2025, 09h:10 - A | A

Cuidados

Casos de SRAG disparam em Mato Grosso do Sul e totalizam 119 mortes em 2025

Campo Grande responde por 70% das notificações e lidera o ranking estadual

Elaine Oliveira
Capital News

Mato Grosso do Sul completa cinco semanas consecutivas de alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 1.755 ocorrências e 119 mortes registradas desde o início do ano. Os dados são da Gerência de Influenza e Doenças Respiratórias da SES (Secretaria de Estado de Saúde).

Na Semana Epidemiológica (SE) 14 de 2025, foram 246 novos casos, número que evidencia o comportamento sazonal da doença, típico dos períodos de outono e inverno, e supera com folga os 160 casos registrados no mesmo período do ano passado.

O avanço da doença teve início na primeira quinzena de março e vem aumentando de forma progressiva:

SE 10: 142 casos

SE 11: 163 casos

SE 12: 166 casos

SE 13: 198 casos

SE 14: 246 casos

Os principais agentes etiológicos identificados são o rinovírus (35,5%) e o vírus sincicial respiratório (19%), ambos com alta circulação neste período do ano.

Capital lidera com mais da metade dos casos
Campo Grande é o epicentro das notificações, com 633 casos acumulados até a SE 14 — cerca de 70% dos registros da última semana.

“Estamos vivendo dias difíceis. A maior parte das hospitalizações por SRAG tem ocorrido entre crianças de zero a nove anos, enquanto os óbitos se concentram nas pessoas acima dos 70 anos. Essas faixas etárias exigem atenção redobrada e monitoramento constante”, alerta Lívia de Mello Maziero, gerente de Influenza e Doenças Respiratórias da SES.

A Semana Epidemiológica 17 teve início no último domingo (20), mas os dados ainda estão sendo consolidados devido ao feriado prolongado. A estatística de 1.755 casos e 119 mortes inclui dados até a semana 15, cujo balanço oficial será divulgado na quinta-feira (24).

A SES destaca a importância da vigilância ativa nas unidades de saúde e do atendimento imediato aos primeiros sintomas respiratórios, sobretudo em crianças e idosos, considerados os grupos mais vulneráveis à SRAG.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS