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1ª Aplicação

HRMS utiliza toxina botulínica no tratamento de doenças neurológica

O tratamento está disponível para pacientes ambulatoriais encaminhados pela regulação estadual

Viviane Freitas
Capital News

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) passou a utilizar toxina botulínica no tratamento de doenças neurológicas, como as distonias. Essas condições provocam contrações musculares anormais e involuntárias, que resultam em dores, torções, deformidades e estigmas sociais. O tratamento está disponível para pacientes ambulatoriais encaminhados pela regulação estadual.

De acordo com a médica neurologista Aline Kanashiro, responsável pela primeira aplicação no hospital, as distonias podem ter causas diversas, como consequência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou traumatismo craniano. Em outros casos, elas são idiopáticas, ou seja, sem uma causa definida ou identificável. A toxina botulínica atua reduzindo o excesso de contrações musculares, proporcionando alívio dos sintomas, embora o tratamento seja paliativo, com reaplicações necessárias a cada quatro a seis meses.

O ambulatório de toxina botulínica foi implantado no HRMS para oferecer uma nova opção de tratamento que melhore a qualidade de vida dos pacientes e amplie as áreas de atuação da equipe de Neurologia. Além disso, a iniciativa contribui para a formação médica, já que o hospital possui um Programa de Residência Médica em Neurologia.

A primeira paciente a receber o tratamento foi Reny Garnacho, de 86 anos, diagnosticada com blefaroespasmo, uma condição que causa contrações involuntárias das pálpebras. "Quase não conseguia dirigir e ler porque meus olhos fechavam demais", contou a aposentada, que convive com a condição desde 2009 e relatou melhora significativa após o procedimento.

A diretora técnica do HRMS, Patrícia Rubini, destacou que a implantação do ambulatório foi possível graças à parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). "Com o apoio da SES e da Casa da Saúde, conseguimos o treinamento da equipe de enfermagem, a habilitação e a disponibilização da toxina botulínica, garantindo que o projeto fosse concretizado", explicou.

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