A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) de Campo Grande alerta para o aumento dos casos de dengue, com uma média de 9,45 diagnósticos diários. Nos primeiros 20 dias de 2025, foram confirmados 189 casos da doença. A preocupação é ainda maior devido aos registros de infecções por dengue do sorotipo DENV3 em estados vizinhos, como São Paulo e Paraná, embora esse tipo não tenha sido detectado na Capital até o momento.
Desde 2007, não há registros de DENV3 em Campo Grande, e, conforme o Ministério da Saúde, crianças e adolescentes não têm imunidade contra esse sorotipo, o que torna a cidade mais vulnerável à transmissão. A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, alerta para a rapidez da disseminação da doença e pede atenção redobrada, especialmente com a chegada do verão, estação propensa ao aumento da proliferação do mosquito Aedes aegypti.
O clima quente e chuvoso favorece a reprodução do mosquito, que também transmite zika e chikungunya. A secretária enfatiza a importância de manter os quintais limpos e adotar medidas preventivas, como eliminar focos de água parada, para combater o aumento da infestação. "Cada um de nós precisa fazer a sua parte", reforça Rosana.
Para combater a dengue, a Prefeitura de Campo Grande tem realizado mutirões de limpeza e fumacê, além de monitorar as áreas de maior risco. A vacinação contra a dengue também está sendo promovida, com campanhas específicas para crianças de 10 a 14 anos e uma campanha temporária para pessoas de 4 a 59 anos.
Além das ações da prefeitura, a população pode adotar medidas simples no dia a dia para evitar a proliferação do mosquito. É essencial evitar água parada em objetos como pneus, vasos de plantas, caixas d'água e calhas, além de tratar piscinas e cuidar de lajes e pratinhos de plantas. Essas ações são fundamentais para o controle da doença.