"Chamamos a todos aqui para que se mobilizem ao combate aos incêndios [...] e convocamos a todos que possam, de alguma maneira contribuir no combate a essas queimadas que o façam, diretamente, produtores rurais que estão lá na ponta, colaboradores, voluntários, cada da sua área, cada um da sua maneira. Mas, vamos nos mobilizar em relação aos incêndio no Pantanal e no Estado de Mato Grosso do Sul", este é o pedido do secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, em um vídeo pedindo a colaboração de todos para combate ao fogo no Pantanal.
A todos que acompanham o noticiário seja regional ou nacional, tem visto que em Mato Grosso do Sul, as cidades mais atingidas pelas queimadas são Corumbá, Alcinópolis e Pedro Gomes. Entre o mês de janeiro até o último domingo (13), foram registrados 14.489 focos de incêndio no Pantanal. No mesmo período do ano passado, foram 4.699. Mais de 2,5 milhões de hectares já foram destruídos pelas chamas. O fogo consumiu 10% do bioma este ano, com 17.500 quilômetros quadrados de mata destruídos. Isso equivale a 3 vezes a área do Distrito Federal. "O Estado de Mato Grosso do Sul está vivendo,provavelmente a sua pior seca [...] e isso vem trazendo prejuízos enormes para o Estado. Do ponto de vista ambiental, do ponto de vista econômico, do ponto de vista da nossa biodiversidade. E o momento agora é de união para a gente fazer enfrentamento a esta situação", declarou o secretário.
Na última terça-feira (15), MS recebeu R$ 3,8 milhões do Governo Federal para ampliar as ações de combate aos incêndios florestais que atingem os biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. Recursos foram liberados pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em agenda com o governador Reinaldo Azambuja na Capital. "Acho importante os recursos do Governo Federal está aportando no Estado para que a gente posso aumentar a nossa capacidade desse enfrentamento", afirmou o Riedel.
Com o apoio financeiro, o trabalho de combate às chamas que já vinha sendo realizado há mais de 90 dias no Pantanal será estendido para os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, em especial no Parque Estadual das Nascentes do Taquari, no município de Alcinópolis, que enfrenta situação crítica e já teve 50% de sua área consumida pelo fogo. "Estamos fortalecendo as ações de combate aos incêndios florestais. Com recursos federais e estaduais, estamos enfrentando juntos esse problema causado pela pior estiagem dos últimos 50 anos", afirmou o governador Reinaldo Azambuja.
O combate aos incêndios depende de todos e para isso é necessário que haja além das medidas já adotadas a repreensão."Nós temos que mudar essa prática de fogo, seja criminosa, seja acidental, mas não podemos mexer com fogo em uma epoca de como essa, o dano é enorme, seja na economia, e de novo, principalmente, no meio ambiente", alerta Eduardo.
Mato Grosso do Sul entrou em estado de emergência ambiental na segunda-feira (14) por causa do fogo que já consumiu mais de 1.450.000 hectares de florestas. Com a situação reconhecida pela União, o Estado deve receber mais recursos federais nos próximos dias.
Operação
Polícia Federal, deflagrou nesta segunda-feira (14) a operação Mataá que apura responsabilidade criminal dos autores das queimadas na região do Pantanal em Mato Grosso do Sul. Operação ocorreu em Campo Grande e Corumbá.
Ação foi realizada após análise de imagens de satélites e o sobrevoo das áreas, a Polícia Federal conseguiu identificar o início e a evolução diária dos focos de queimadas da região. Conforme a Polícia Federal, o dano ambiental apurado supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro, atingindo Áreas de Preservação Permanentes e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato- grossense e da Serra do Amolar. Durante a investigação, para chegar aos locais das queimadas localizados no interior do Pantanal, foram utilizadas aeronaves e embarcações da Polícia Federal.
Combate
A força-tarefa de combate ao fogo é monitorada pelo Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). No Pantanal, o trabalho de combate às chamas é feito por 230 homens - entre brigadistas do Ibama/Prevfogo e militares do Corpo de Bombeiros (Mato Grosso do Sul e do Paraná), além de militares da Marinha.
Já no Cerrado, na região do Parque Estadual das Nascentes do Taquari, são 140 homens entre militares do Corpo de Bombeiros e do Exército Brasileiro. De acordo com o Governo do Estado, outros 500 brigadistas voluntários estão apagando fogo em todo o Estado, informou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Ela acompanhou o ato de liberação de recursos e informou que o ministério contabiliza as perdas registradas pelos produtores de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul.