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Cotidiano Terça-feira, 21 de Junho de 2011, 16:32 - A | A

Terça-feira, 21 de Junho de 2011, 16h:32 - A | A

Zeolla é condenado a oito anos de prisão mas cumprirá pena em regime semi-aberto

Valquíria Oriqui e Jefferson Gonçalves - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla foi condenado nesta terça-feira (21) pela 1ª Vara do tribunal do Júri, a oito anos de prisão pelo assassinato do próprio sobrinho, Claudio Alexander Joaquim Zeolla no dia 3 de março de 2009. Como já cumpriu parte da pena, o réu poderá cumprir o restante da pena em regime semi-aberto. De acordo com o juiz, Alexandre Ito, além da sentença por homicídio qualificado pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, o procurador também foi condenado a seis meses prisão em regime aberto por ter entregue a direção de seu veículo à pessoa não habilitada.

Conforme a sentença, o júri entendeu que Zeolla é inimputável, ou seja, pessoa isenta de pena por apresentar doença mental, argumento sustentado pela defesa desde o início do júri. Os jurados também entenderam que Zeolla cometeu o crime, motivado por provocações iniciadas pelo sobrinho. O júri, que começou às 8 horas da manhã, durou cerca de oito horas, onde a defesa e acusação apresentaram os argumentos que formaram a sentença do procurador.

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.Os advogados José Belga Trad e Ricardo Trad comemoraram o resultado após sentença do júri.
Foto: Deurico/Capital News

Os advogados de defesa, Ricardo Trad e José Belga Trad, celebraram o resultado. “É um resultado maravilhoso. Os jurados entenderam que, quem iniciou as provocações que culminaram no crime foi a vítima. Deve-se destacar que, com essa condenação em regime semi-aberto, o Zeolla pode pedir a progressão de pena, podendo entrar com pedido para que passe de regime semi-aberto para o aberto, porém por enquanto não é nosso interesse”, explica Ricardo Trad.

Apesar da possibilidade do pedido de progressão, a defesa, a família de Zeolla e o próprio réu não consideram o pedido necessário. Segundo o advogado, Zeolla pediu que continuasse o tratamento psiquiátrico na Clínica Carandá, onde já cumpria a pena em regime semi-aberto.

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.O procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla afirmou que a justiça foi feita.
Foto: Deurico/Capital News

Após o término do julgamento, visivelmente abatido e carregando um livro religioso nos braços Zeolla concedeu algumas palavras à imprensa. “A justiça foi feita. Achei necessário optar pelo silêncio até o momento em que fosse necessária a minha palavra em juízo”, desabafou o réu. Questionado sobre o julgamento ter invertido os papéis em relação ao cargo de procurador que ocupava, Zeolla reafirmou. “Achei péssima a sensação de estar nos banco dos réus”. Durante julgamento, o procurador afirmou que agora é um homem que procura entender a palavra de Deus e que virou fiel da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo. (editada às 18h46 para acréscimo de informações)


Por Valquíria Oriqui e Jefferson Gonçalves - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

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