O Mato Grosso do Sul enfrenta o menor índice de chuva acumulada para um primeiro bimestre em 20 anos, o que gera preocupações sobre o impacto na segunda safra de milho, informou a EarthDaily Agro. A empresa, especializada em monitoramento agrícola por satélite, destacou que o clima seco pode afetar a produção do grão, com estimativas de 11,8 milhões de toneladas de milho, conforme a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Além do milho, a produtividade da soja também foi afetada pela seca no estado. A EarthDaily Agro apontou que as condições climáticas prejudicaram a colheita da soja em Mato Grosso do Sul e podem impactar o ciclo do milho, que começa a ser plantado em breve. O analista de cultura da empresa, Felippe Reis, destacou a importância de monitorar as condições climáticas para evitar mais perdas nas lavouras.
O clima quente e seco, que tem predominado no país, já está provocando uma "intensa onda de calor", com temperaturas elevadas em várias regiões, como o Rio Grande do Sul, onde os termômetros podem ultrapassar os 40°C. Isso aumenta o estresse térmico nas lavouras e acelera a evapotranspiração, reduzindo a umidade do solo, o que prejudica ainda mais o desenvolvimento das culturas.
Em outras regiões, como Goiás e Minas Gerais, a seca deve persistir até meados de março, sem impactos imediatos, mas com risco caso o déficit hídrico continue. No Paraná, no entanto, as condições climáticas favorecem o avanço da colheita da soja e o plantio do milho, com expectativas de boas condições para as operações de campo.