Durante a reunião semanal da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), realizada nesta terça-feira (29), parlamentares defenderam que o próximo Plano Safra priorize o atendimento aos pequenos e médios produtores rurais, considerados essenciais para o desenvolvimento do setor no Brasil.
A senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da FPA no Senado, reforçou que o agronegócio tem sido um dos pilares da economia nacional nas últimas cinco décadas e que necessita de previsibilidade, crédito adequado e condições dignas de trabalho.
“É fundamental que o trabalhador rural tenha previsibilidade e que o agro seja visto como uma política de enfrentamento da inflação, que é uma ameaça real à estabilidade econômica. O plano safra atual não está mais funcionando e precisamos refletir sobre isso”, afirmou.
Segundo a senadora, o setor produtivo não depende de subsídios governamentais expressivos, e ainda assim cumpre papel decisivo na economia. “No ranking dos países que recebem subsídios, o Brasil está lá embaixo. Sabemos como auxiliar, mas o agro precisa ser ouvido e respeitado. São pilares que estruturamos para que o Plano Safra seja melhor utilizado”, completou.
Ainda nesta terça-feira, a bancada pretende apresentar ao ministro da Agricultura um documento com propostas elaboradas pelo colegiado.
Entre as principais demandas da bancada está o aporte de R$ 25 bilhões para a equalização de juros, além da destinação de pelo menos 1% do valor total do plano — cerca de R$ 5,99 bilhões — para a subvenção ao seguro rural. A intenção é garantir previsibilidade ao produtor e evitar interrupções no crédito, como a ocorrida em fevereiro deste ano.