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Exportações

Mato Grosso registrou maior abate de bovinos da história em 2024

Esse avanço gerou um faturamento de US$ 1,223 bilhão, 8,6% superior ao de 2023, com o preço médio da tonelada de carne atingindo US$ 4.759,52

Viviane Freitas
Capital News

Arquivo

Em agosto exportações de carne bovina somam US$ 507 milhões

Crescimento das exportações de carne bovina em Mato Grosso do Sul

Entre janeiro e dezembro de 2024, Mato Grosso do Sul atingiu o recorde histórico de 3,963 milhões de bovinos abatidos, um aumento de 12% em relação a 2023, quando o total foi de 3,537 milhões. Desse montante, 2,129 milhões eram machos (crescimento de 17,4%) e 1,833 milhão eram fêmeas (aumento de 6,29%). O desempenho foi impulsionado principalmente pela expansão das exportações de carne bovina, de acordo com Caio Rossato, zootecnista e consultor da PECBR Soluções.

No ano passado, o Estado exportou 257,1 mil toneladas de carne bovina in natura, um aumento de 33,6% em relação às 192,7 mil toneladas de 2023, segundo dados da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Esse avanço gerou um faturamento de US$ 1,223 bilhão, 8,6% superior ao de 2023, com o preço médio da tonelada de carne atingindo US$ 4.759,52. Rossato aponta que a valorização do dólar entre 15% e 18% ao longo de 2024 e a abertura de quatro plantas frigoríficas para exportação à China foram fatores determinantes para o aquecimento do mercado.

A China permaneceu como o principal destino da carne bovina sul-mato-grossense, representando 24,18% do total exportado em 2024, seguida pelos Estados Unidos (18,42%) e Chile (14,58%). No total, Mato Grosso do Sul exporta carne para cerca de 70 países, e entre os mercados em destaque estão os Emirados Árabes Unidos e a Turquia, que registraram aumentos expressivos de 109,1% e 163,2%, respectivamente, em comparação ao ano anterior.

Outro dado relevante foi o aumento no abate de fêmeas, que representaram 46,25% do total de bovinos abatidos em 2024, um crescimento de 6,29% em relação ao ano anterior, segundo o Boletim Casa Rural, da Famasul. Esse foi o terceiro maior registro desde 2014, com quase metade das fêmeas abatidas possuindo mais de 36 meses de idade, o que pode impactar a oferta de gado para reposição nos próximos anos.

Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil

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