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Agronegócio Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2025, 09:05 - A | A

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Escoamento

Produtores de Mato Grosso do Sul se preparam para mudanças no escoamento com a Rota Bioceânica

Projeto logístico promete reduzir custos e abrir novos mercados para o agronegócio no estado

Viviane Freitas
Capital News

O Corredor Bioceânico está prestes a transformar a logística do agronegócio de Mato Grosso do Sul, abrindo novas possibilidades de exportação e aumentando a competitividade do setor. O tema é debatido no Seminário Internacional da Rota Bioceânica, com representantes de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Com a conclusão do projeto, os produtores devem se preparar para os impactos econômicos e estruturais que virão com a criação dessa nova rota.

O corredor, que se estende por 2.396 km, conecta o Brasil ao Chile, passando por Paraguai e Argentina. A rota reduz significativamente a distância para exportação, especialmente para o Chile e países asiáticos, como a China, com uma redução de 5.479 km em comparação com as rotas atuais. Além disso, ela abrirá novos mercados, incluindo a Oceania e a Costa Oeste das Américas, tornando Mato Grosso do Sul um ponto estratégico para o escoamento da produção.

A Famasul acompanha de perto os impactos desse projeto no agronegócio do estado e busca auxiliar os produtores rurais na identificação de novas oportunidades. O presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, ressalta que a nova infraestrutura logística vai fortalecer a competitividade da produção regional, permitindo maior presença no comércio internacional. A conexão direta com os portos chilenos também reduzirá o tempo de transporte, beneficiando especialmente a exportação para o mercado asiático.

O Corredor Bioceânico traz, ainda, novas oportunidades para diversificação da produção, como o crescimento da citricultura e o desenvolvimento da indústria do amendoim e da piscicultura. Com a possibilidade de importar fertilizantes e insumos agrícolas com menor custo, a rota também promoverá o crescimento das cidades ao longo do trajeto, incentivando o intercâmbio cultural e o desenvolvimento social. No entanto, a transição para esse novo modelo logístico exige um esforço conjunto entre os setores público e privado, e o Sistema Famasul continuará monitorando o progresso para garantir que os produtores de Mato Grosso do Sul aproveitem ao máximo esse avanço.

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