O governo federal destinou R$ 800 mil para a contratação de um projeto de restauro do Complexo Ferroviário de Campo Grande, patrimônio histórico tombado da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. O valor foi anunciado após danos causados pela chuva em abril de 2024, quando alguns prédios históricos da área foram afetados. O repasse foi formalizado por meio de um termo de compromisso publicado no Diário Oficial da União.
O acordo foi assinado pelo presidente do Iphan, Leandro Antonio Grass Peixoto, e a prefeita Adriane Lopes. A vigência do termo vai de 20 de dezembro de 2024 até 15 de dezembro de 2025. O valor de R$ 800 mil será utilizado na contratação de projetos de arquitetura, engenharia e restauração, com foco na Rotunda e nos galpões, áreas que necessitam de reparos urgentes.
De acordo com o superintendente do Iphan em Mato Grosso do Sul, João Santos, a intervenção no complexo incluirá o desenvolvimento de projetos executivos para as reformas. "Essas são as partes mais afetadas e com maiores problemas a serem resolvidos no curto prazo", afirmou Santos.
Em abril de 2024, a prefeita Adriane Lopes e o superintendente do Iphan discutiram a revitalização dos prédios, que haviam sofrido danos devido às chuvas intensas, incluindo o desabamento do teto do abrigo de locomotivas. A situação levou o Superior Tribunal de Justiça a emitir uma decisão em setembro de 2024, determinando que a prefeitura reparasse os danos no complexo, que é fundamental para a preservação do patrimônio histórico-cultural.
O Complexo Ferroviário de Campo Grande ocupa uma área de 22,3 hectares e é composto por 135 edifícios, tanto em alvenaria quanto madeira. Entre os imóveis estão as casas dos operários, escritórios, oficinas e a estação ferroviária, que data de 1914 e foi ampliada ao longo dos anos. Além disso, o complexo preserva parte dos trilhos urbanos de Campo Grande e é um dos principais símbolos da história local.
