A economia brasileira cresceu 3,5% em 2024, conforme estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Monitor do PIB, que antecipa o comportamento do PIB, divulgou essa prévia na segunda-feira (17). Em dezembro, a expansão foi de 0,3% em relação ao mês anterior. O quarto trimestre teve uma alta de 0,4% frente ao terceiro, indicando uma desaceleração, já que os aumentos anteriores haviam sido maiores.
Embora a agropecuária tenha registrado queda de 2,5%, todos os outros setores da economia apresentaram crescimento em 2024. A indústria, os serviços e o consumo das famílias tiveram desempenhos melhores do que os do ano anterior, que já haviam sido elevados. A economista Juliana Trece destacou que, em termos de atividade econômica, o Brasil obteve um ótimo resultado em 2024.
O consumo das famílias cresceu 5,2%, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (indicador de investimentos) aumentou 7,6%. As exportações subiram 3,7%, mas as importações cresceram 14,3%, o que impactou negativamente o PIB. Em termos absolutos, o PIB brasileiro atingiu R$ 11,655 trilhões, o maior valor da história, e o PIB per capita foi de R$ 56.796, também um recorde.
Para 2025, a economista alertou sobre os desafios internos e externos que podem afetar a economia. A alta da taxa de juros, que impacta os investimentos, e possíveis tarifas impostas por outros países, como os Estados Unidos, podem prejudicar a economia brasileira. A Selic está em 13,25% ao ano, e o Comitê de Política Monetária já prevê um novo aumento de 1 ponto percentual em março. A guerra tarifária e o impacto no comércio exterior também são preocupações para o ano seguinte.