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ENTREVISTA Sexta-feira, 12 de Novembro de 2021, 13:15 - A | A

Sexta-feira, 12 de Novembro de 2021, 13h:15 - A | A

Eleições OAB

Busca pela cadeira da OAB é trazer dignidade a profissão, afirma Giselle Marques

Candidata a presidência da Ordem irá buscar programas de inclusão para os jovens advogados

Elaine Silva
Capital News

Divulgação/Assessoria

Busca pela cadeira da OAB é trazer dignidade a profissão, afirma candidata

Giselle Marques

Faltando poucos dias para as  eleições na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), o Capital News está realizando uma série de reportagens com os três candidatos à presidência da ordem dos advogados no Estado.  

 

Giselle Marques afirma que entrou no ramo pela possibilidade de ajudar as pessoas a resolverem problemas que pareciam insolúveis. "O desafio de estudar e encontrar caminhos para auxiliá-las foi o que me levou a cursar dois Mestrados e um Doutorado em Direito, buscando qualificar a minha atuação na defesa das pessoas que confiam a mim as suas causas", relata.

 

 

Em relação a algumas situações recorrentes no Estado, como por exemplo, a corrupção, Giselle relata que " a OAB deve apoiar a autonomia e independência dos órgãos constituídos. Sobre “coibir o exercício profissional”, é algo que não podemos admitir, pois o advogado é indispensável à administração da justiça, e não há hierarquia entre a advocacia e as demais carreiras jurídicas. As prerrogativas da advocacia decorrem do direito à ampla defesa que todo cidadão tem. Quem me conhece sabe que sempre fui combativa e corajosa na defesa das pautas sociais, e essa energia será canalizada para a defesa das nossas prerrogativas profissionais".

 

Essa luta pela cadeira na OAB-MS, para Giselle é para que os "advogadas e advogados possam sobreviver dignamente com o exercício profissional da advocacia pública ou privada, que vem sendo desprestigiada a cada dia". Assim alcançando sua conquista Marques vai buscar programas de inclusão para os jovens advogados. "Desenvolverei programas de inclusão dos jovens advogados na OAB e no mercado de trabalho, inclusive com cursos para orientar a abertura e o gerenciamento dos escritórios e empresas de advocacia, fomentando o empreendedorismo. Pretendo buscar linhas de crédito a juros baixíssimos, para auxiliar a jovem advocacia a abrir os seus escritórios, e para quem precise construir ou reformar seu espaço profissional. Pretendo dar condições de inclusão digital a toda a advocacia, em especial os mais velhos, instituindo esse serviço nas sedes e nas salas da OAB dos fóruns", relata a candidata.

 

 

Confira a entrevista na íntegra;

Capital News - Qual o seu plano de ação durante esse período de eleição almejando a presidência da OAB-MS?

 

Giselle Marques - A campanha começou precocemente, pois a atual diretoria lançou seu pré-candidato à presidência ainda no mês de fevereiro. Estávamos nessa época começando a nos reunir. Lançamos uma plataforma para ouvir a advocacia, através do e-mail: [email protected]. Com isso fomos construindo um projeto de mudança e renovação para a OAB MS. Não nos preocupávamos com cargos e funções, discussão que foi precipitada pela definição de outros candidatos à presidência, que começaram a conceder entrevistas na mídia. Assim, nosso grupo decidiu coletivamente lançar a nossa pré-candidatura à presidência da OAB MS. Desde então, estamos dialogando com a categoria dentro do possível, pois a OAB não disponibilizou a lista dos advogados inscritos (dado ao qual o candidato da situação, por óbvio, tem acesso). Estamos visitando os advogados nos municípios do interior, que serão prioridade na nossa gestão.

 

Capital News - Qual o seu objetivo alcançando o cargo de presidente da OAB-MS?

 

Giselle Marques - O meu objetivo é que as advogadas e advogados possam sobreviver dignamente com o exercício profissional da advocacia pública ou privada, que vem sendo desprestigiada a cada dia. Pretendo atuar fortemente contra o arbitramento de honorários sucumbenciais aviltantes, e patrocinar campanhas permanentes para o esclarecimento da população quanto aos custos da advocacia. Desenvolverei programas de inclusão dos jovens advogados na OAB e no mercado de trabalho, inclusive com cursos para orientar a abertura e o gerenciamento dos escritórios e empresas de advocacia, fomentando o empreendedorismo. Pretendo buscar linhas de crédito a juros baixíssimos, para auxiliar a jovem advocacia a abrir os seus escritórios, e para quem precise construir ou reformar seu espaço profissional. Pretendo dar condições de inclusão digital a toda a advocacia, em especial os mais velhos, instituindo esse serviço nas sedes e nas salas da OAB dos fóruns.

 

Capital News - Qual sua visão sobre a atual situação política vivida em Campo Grande e também no Brasil?

 

Giselle Marques - Penso que Campo Grande está na encruzilhada do seu desenvolvimento. É uma cidade com largas avenidas, arquitetura moderna, mas que ainda não resolveu o problema da gestão dos seus resíduos sólidos, por exemplo. Me preocupo fortemente com a disponibilidade hídrica e o meio ambiente e, inclusive, liderei um movimento contra o desmatando do Parque dos Poderes, símbolo da investidura do Mato Grosso do Sul como unidade autônoma da federação brasileira. É preciso que o poder público e a sociedade civil exerçam a responsabilidade de cuidar da nossa cidade e do nosso estado, na direção do desenvolvimento sustentável. Sobre o Brasil, mais do que nunca, precisamos fortalecer o Estado Democrático de Direito. Nosso compromisso é com a Constituição Federal em vigor, e lutaremos para que os direitos fundamentais, conquistas civilizatórias da humanidade, sejam efetivamente respeitados.

 

Capital News - Qual será o papel social, fiscalizador e defensor da OAB-MS, diante de algumas situações decorrentes no Estado, como corrupção, coibir o exercício do profissional, etc. Como a sua possível diretoria vai se posicionar sobre isso?

 

Giselle Marques - Um das grandes conquistas da democracia é a liberdade de atuação das instituições, como é o caso da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário. A OAB deve apoiar a autonomia e independência dos órgãos constituídos. Sobre “coibir o exercício profissional”, é algo que não podemos admitir, pois o advogado é indispensável à administração da justiça, e não há hierarquia entre a advocacia e as demais carreiras jurídicas. As prerrogativas da advocacia decorrem do direito à ampla defesa que todo cidadão tem. Quem me conhece sabe que sempre fui combativa e corajosa na defesa das pautas sociais, e essa energia será canalizada para a defesa das nossas prerrogativas profissionais.

 

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