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ENTREVISTA Sexta-feira, 19 de Junho de 2009, 14:43 - A | A

Sexta-feira, 19 de Junho de 2009, 14h:43 - A | A

Exclusivo: Edil Albuquerque fala sobre política, Agronegócio e a possível vinda de empresa da Petrobras para MS

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Exclusivo: Capital News entrevista o vice-prefeito, Edil Albuquerque, sobre a possível vinda da Petrobras para Campo Grande, a escolha das sub-sedes da Copa, e o cenário político para as próximas eleições.

A Petrobras estuda a possibilidade de implantar uma indústria em Campo Grande utilizando a derivação de um ramal de gás oriundo da Bolívia que passa por Mato Grosso do Sul, sendo que a outra derivação chega a Mato Grosso, estado o qual ganhou na disputa direta para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014.

De uma possível coligação entre os partidos rivais no Estado, PT (Partido dos Trabalhadores) e PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro, para as disputas eleitorais em 2010, para uma eleição com cinco possíveis candidatos a governador, entre eles André Puccinelli e José Orcírio dos Santos, Zeca do PT.

Confira:

Capital News – Qual a principal função da sua secretaria e em quais projetos vocês têm trabalhado?

Edil – Eu como vice-prefeito, hoje estou em uma pasta de representatividade. Administro uma pasta envolvida com o comércio, que hoje tem mais de 50 % da arrecadação de ICMS. É um sustento das administrações municipais. Estamos focados na questão do comércio, agronegócio, agora também nos setores de turismo, como o turismo de evento, turismo de negócio. Na parte da agricultura, até o dia 19 de agosto lançaremos a 1ª Feira Orgânica de Mato Grosso do Sul. Então, nós somos de uma secretaria muito abrangente.

Capital News - O que sua secretaria poderia fazer para gerar emprego na Capital?

Edil – Está sendo providenciada pelo prefeito a adesão de novas indústrias. Nós temos várias empresas que já estão prestes a configurar. Nós temos um conselho que gera toda essa possível vinda de empresas para Campo Grande. Com certeza nós vamos atrás de grandes empreendimentos.

Capital News - Como está o processo de negociação em relação à vinda da mega empresa da Petrobras para Campo Grande?

Edil – Nós já vislumbramos que virá para Campo Grande. Nós temos duas derivações de ramais de gás da Bolívia, um que passa por Mato Grosso Sul e outro que deriva para Mato Grosso. Mas o gasoduto que deverá ir para Mato Grosso é de uma empresa que teve problema financeiro e está sendo administrado por outra empresa.

O nosso aqui é da Petrobrás e o investimento vai ser da Petrobrás, portanto ela vai querer investir onde o capital é dela. Nós já encaminhamos uma carta de intenções abrindo a perspectiva de receber a indústria. Então estamos animados, pois é uma indústria de fertilizantes. Nós temos aqui o setor da agricultura e da pecuária. O ponto estratégico aqui é muito forte, atendendo até na questão de exportação.

Hoje temos disponíveis cerca de 30bi m³ de gás natural oriundo da Bolívia, que poderá compor a matéria prima básica de produtos químicos. Com esse volume de gás disponível serão possíveis três alternativas de produtos petroquímicos, como o metanol, eteno e amônia.

Capital News – Quais investimentos que Campo Grande perdeu ficando fora da escolha da sub-sedes que irão receber a Copa de 2014 e o que o senhor achou da escolha? Foi tapetão mesmo?

Edil - Dizer que Campo Grande perdeu é um absurdo, pois os investimentos continuarão sendo feitos. Receber a Copa seria uma expectativa, um algo mais que seria muito importante. Nós não vamos sofre com problema de continuidade, nós iremos receber investimento do PAC. Se fossemos receber a Copa do Mundo acrescentaria algo mais, como o desenvolvimento do turismo, que seria muito bom.

Agora, com relação à escolha, pelo o que eu sei seriam escolhidas 10 sedes e depois aumentaram para 12, pois queriam contemplar já Cuiabá e Natal. Acredito que isso foi devido a um erro político de alguns representantes nosso Estado que foram favoráveis a CPI da Bola que iria investigar o Ricardo Teixeira. Mato Grosso não. Outra coisa, o Blairo Maggi entrou de peito aberto na campanha do Lula e nós não entramos. Se o critério fosse infra-estrutura nós seriamos escolhidas, por isso concordo com André Puccinelli, foi tapetão mesmo.

Capital News - Qual a sua pretensão política para as próximas eleições?

Edil – Nós fazemos parte de um grupo. A seqüência da ascensão do grupo deve ser obedecida, o que sobra são cargos legislativos que você pode competir, como o caso da câmara de deputados estaduais, federal e senador.

Capital News – O senhor acredita que Nelsinho possa sair para senador?

Edil – É um bom nome, com todas as reais condições, mas tem que ver a questão das manobras políticas. Se ele for eleito Senador eu estou pronto para ser prefeito de Campo Grande. O que não pode é o PMDB perder essa vaga no senado.

Capital News – Como você avalia o cenário político para as eleições 2010? O que o Sr. Acha das possíveis candidaturas da Senadora Marisa, do Pedrossian Filho e do Zeca do PT ?

Edil – O cenário político deve ser medido ponto a ponto, pois passa por questões de administrações e estruturais. A tendência não é sair esse volume todo de candidatos para disputa do Governo. Estrategicamente os partidos saem em um grupo maior para provocar um segundo turno. Por exemplo, entra dois e ficam três de fora. Esses partidos se movimentam porque eles vivem de sustentação, como assumir algumas secretarias. Eles juntos tem mais força.

 

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