O governador André Puccinelli conseguiu recursos para obras no aeródromo de Três Lagoas, um dos 16 colocados por ele como prioridade junto ao governo federal, visando receber obras de adequação e, com isso, serem homologados para vôos comerciais. A mesma vitória já havia garantido cerca de R$ 1,4 milhões para investimentos que estão quase concluídos em Dourados.
Na próxima semana deve sair o edital de licitação para contratar a empresa que vai executar os serviços em Três Lagoas. A meta é implantar itens padrões exigidos pela Agencia Nacional de Aviação Civil para conceder a homologação dessas estruturas hoje acanhadas como aeroportos de fato. Isso inclui o fechamento da área com cerca padrão Icao, Seção Contar Incêndio (Secinc), sinalização luminosa e balizamento noturno, explica o secretário de Obras Públicas e Transportes, Edson Giroto.
André obteve R$ 2,4 milhões por meio do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa) e vai investir mais R$ 420 mil aproximadamente em contrapartida. Segundo Giroto, o processo de concorrência deve durar 60 dias e em 120 dias as obras devem começar. “Com as adequações feitas, podemos entrar com o pedido de homologação”, completa. Puccinelli disse que Três Lagoas deverá ser a terceira cidade do interior a ter a estrutura aeroportuária homologada, depois de Corumbá – que já tem as obras aprontadas pela Infraero – e Dourados, que até abril deverá estar homologado. “Se tudo correr bem, os próximos a receber investimentos serão os de Paranaíba, Naviraí e Nova Andradina”, revelou o governador.
Além da atração pelo turismo no Estado, o crescimento industrial de Três Lagoas indica que há demanda para vôos comerciais regulares. “O governador tem conversado com diversas companhias aéreas e elas têm interesse em operar vôos aqui”, disse Giroto, completando que a clientela é certa, e citando o exemplo da empresa VCP, que teria manifestado interesse em adquirir cerca de 50% dos assentos nas linhas regulares.
Não só o transporte de passageiros se beneficiaria do crescimento da malha aérea. “O transporte por avião vai fomentar a economia, porque dá agilidade à movimentação de passageiros e também de cargas”, ressalta o secretário de infra-estrutura. A percepção desse nicho é que faz o governo buscar investimentos para aeroportos do interior e para transformar o aeroporto internacional de Campo Grande em um terminal também de cargas. Beneficiado pela localização geográfica, o Estado passaria a contar com a logística necessária para exercer sua vocação de centro distribuidor na região do Mercosul. (Com assessoria)
