Jarvis Chimenes Pavão, um dos maiores narcotraficantes da região de fronteira entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul, recebeu mais uma condenação da Justiça brasileira e já acumula 90 anos de prisão em regime fechado. A sentença mais recente foi proferida pela 5ª Vara Federal de Campo Grande, que estabeleceu uma pena de 11 anos e oito meses de prisão, no regime inicial fechado, pelo tráfico de 34 quilos de cocaína apreendidos em São José (SC), em dezembro de 2013.
Pavão, que possui nacionalidades brasileira e paraguaia, viveu 17 anos no Paraguai, onde foi preso por oito anos. Ele ganhou notoriedade internacional após ser envolvido na execução cinematográfica de Jorge Rafaat, um empresário e narcotraficante conhecido como “Rei da Fronteira”. O assassinato foi realizado com uma metralhadora .50 em junho de 2016, e teria sido planejado dentro da prisão de Assunção, no Paraguai, entre Pavão, o chefe do PCC da região, conhecido como “Galã”, e o representante do Comando Vermelho (CV).
Apesar de ser um crime amplamente comentado, a execução de Rafaat nunca foi formalmente investigada pelas autoridades. Em 2017, Pavão foi extraditado para o Brasil, onde cumpria pena por outros crimes relacionados ao tráfico de drogas. Atualmente, ele está preso na Penitenciária Federal de Brasília, cumprindo uma pena de 17 anos e 8 meses.
Além da condenação recente, Pavão também acumulou outras sentenças ao longo dos anos. Em 2018, ele recebeu mais duas condenações: uma por tráfico internacional de drogas em Balneário Camboriú (SC) e outra relacionada ao tráfico internacional de cocaína, envolvendo operações realizadas em parceria com organizações criminosas de outros países. Essas sentenças somam mais anos à longa lista de penas do narcotraficante.
A prisão de Jarvis Chimenes Pavão e suas condenações reiteram a gravidade de seus crimes e a influência que ele exerceu no tráfico internacional de drogas, principalmente nas regiões de fronteira. Com mais de 90 anos de pena, ele segue cumprindo sua sentença, enquanto as investigações continuam para tentar desmantelar as organizações criminosas às quais esteve vinculado.