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Justiça Sexta-feira, 28 de Junho de 2024, 09:16 - A | A

Sexta-feira, 28 de Junho de 2024, 09h:16 - A | A

Gaeco

Justiça mantém liberdade de Cezário e manda soltar outros seis investigados

Operação Cartão Vermelho investigou desvios de mais de R$ 6 milhões na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul

Vivianne Nunes
Capital News

 

GAECO - MPMS

Gaeco deflagra operação “Cartão Vermelho” em Mato Grosso do Sul

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A 1ª Câmara do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu, nesta quarta-feira (26), manter a liberdade do presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Cezário, e dos outros seis acusados presos durante a Operação Cartão Vermelho do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Todos os beneficiados usarão tornozeleiras eletrônicas.

Além de Cezário, os outros liberados foram Aparecido Alves Pereira, Valdir Alves Pereira, Umberto Alves de Oliveira, Francisco Carlos Pereira, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira e Rudson Bogarin Barbosa. A decisão foi tomada após julgamento do mérito do habeas corpus.

Anderson Ramos/Capital News

Francisco Cezário

Cezário

O caso

A Operação Cartão Vermelho cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. A investigação apontou que, entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023, mais de R$ 6 milhões foram desviados da FFMS.

Durante a operação, a polícia apreendeu mais de R$ 800 mil em espécie. A operação recebeu o nome "Cartão Vermelho" em referência ao cartão utilizado por árbitros para expulsar jogadores que cometem faltas graves.

As investigações revelaram a existência de uma organização criminosa dentro da FFMS, cujo objetivo principal era desviar recursos provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio de convênios, subvenções ou termos de fomento, além de fundos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em benefício próprio e de terceiros.

Modus operandi

Uma das formas de desvio era através de saques frequentes em valores inferiores a R$ 5.000,00, realizados em contas bancárias da FFMS para evitar alertas aos órgãos de controle. Os investigadores identificaram mais de 1.200 saques, totalizando mais de R$ 3 milhões.

Além disso, a organização criminosa desviava recursos de diárias de hotéis pagas pelo Estado durante jogos do Campeonato Estadual de Futebol. "O esquema de peculato estendia-se a outros estabelecimentos, que recebiam altas quantias da Federação e devolviam parte dos valores aos integrantes do esquema", informou o Gaeco em nota.

• Saiba mais sobre a operação “Cartão Vermelho”

A operação revelou a complexidade e o alcance das atividades ilícitas dentro da FFMS, destacando a necessidade de medidas rigorosas para combater a corrupção e proteger os recursos destinados ao esporte e ao desenvolvimento social no estado.

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