O ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, mudou novamente sua defesa no processo em que tenta reverter sua destituição do cargo. O advogado Júlio César Marques, que havia assumido o caso após a saída de André Borges, também deixou a representação legal. Agora, a defesa está sob responsabilidade de Fábio Azato.
A troca foi oficializada na terça-feira (5) no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). No pedido, Marques solicitou sua exclusão do processo e a inclusão de Azato como novo procurador. Cezário busca anular a assembleia geral extraordinária da FFMS, realizada em outubro de 2024, alegando que não houve votação prévia para a abertura de apuração de responsabilidade.
Além da disputa judicial, Cezário é investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) por supostos desvios de recursos na federação. Em maio do ano passado, ele foi preso preventivamente na Operação Cartão Vermelho, que apurou um desvio de R$ 6 milhões. Posteriormente, foi solto mediante medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar a sede da entidade.
As investigações revelaram que os desvios ocorriam por meio de saques frequentes em dinheiro das contas da FFMS, sempre em valores abaixo de R$ 5 mil para evitar alertas aos órgãos de controle. No total, foram mais de 1.200 saques, somando R$ 3 milhões. A nova mudança na defesa pode indicar uma nova estratégia para tentar reverter sua destituição e retomar o comando da federação.