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Justiça Segunda-feira, 30 de Setembro de 2024, 13:27 - A | A

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Operação Sordidum

MPF denuncia 16 pessoas por lavagem de dinheiro e tráfico

Grupo criminoso, ativo há quase uma década, movimentou R$ 50 milhões em recursos ilícitos

Fernanda Oliveira
Capital News

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 16 pessoas na Operação Sordidum, acusando-as de organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos. O grupo, que atuava há quase uma década, era responsável por um esquema complexo de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, operações ilegais de câmbio e outros crimes. Com ramificações em diversos estados, como Mato Grosso e Paraná, a quadrilha mantinha laços com organizações criminosas internacionais, incluindo doleiros paraguaios e traficantes da América Central.

Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu um dos líderes da organização com uma tabela detalhada dos custos logísticos para o transporte internacional de drogas, revelando gastos de até R$ 10 milhões em uma única operação de cocaína. Além de abrir empresas em nome de "laranjas" para ocultar a origem dos recursos ilícitos, esse líder movimentou cerca de R$ 50 milhões entre 2015 e 2020, chegando a usar documentos falsos para obter passaporte e realizar um divórcio com o mesmo intuito. As investigações também revelaram planos para compra de armas, corrupção de agentes públicos e outras atividades criminosas.

A Operação Sordidum, interligada a outras investigações como a Prime e a Downfall, apontou que o grupo utilizava empresas de fachada, incluindo imobiliárias e lojas de construção, para legitimar o dinheiro do tráfico. As operações de lavagem também contavam com a participação de doleiros paraguaios e a aquisição de veículos para mascarar transações ilícitas. Apesar de algumas apreensões, como 313 kg de cocaína em 2021, a organização seguia ativa. O MPF não apenas busca penas para os denunciados, mas também exige indenizações significativas e a perda dos bens adquiridos por meio das atividades criminosas.

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