Nesta terça-feira (26) a 2ª Câmara Criminal negou a transferência de Jamil Name Filho, conhecido como ‘Jamilzinho’, do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para Mato Grosso do Sul. Não há mais detalhes da justificativa da decisão.
A Justiça considerou que ‘Jamilzinho’ é líder de organização criminosa armada atuante em Mato Grosso do Sul. “A qual possui elevado poderio financeiro, vinculação com membros das forças de segurança pública, elevado poderio financeiro e forte influência política e social em Mato Grosso do Sul”, destacou.
Jamilzinho foi condenados a 15 anos em regime fechado após foram quatro dias de julgamento (três inteiros e o quarto contando o passar da meia-noite de quarta para quinta) que resultaram na condenação de Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, Marcelo Rios, Everaldo Monteiro de Assis e Rafael Antunes Vieira pela morte de Marcel Costa Hernandes Colombo ocorrida em outubro de 2018, em Campo Grande.
Jamilzinho e Marcelo Rios foram condenados a 15 anos em regime fechado; Everaldo deve cumprir 8 anos e 4 meses em regime fechado, além de perder o cargo de investigador da Polícia Federal; e Rafael 2 anos e 6 meses, cumprindo sua pena em liberdade. Juntos somam 41 anos de prisão, a decisão foi do juiz Aluízio Pereira dos Santos da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
Briga de irmãos
O deputado estadual pelo PSDB Jamilson Name assumiu a gestão dos bens, empresas e interesses da família após a prisão de seu irmão Jamil Name Filho conhecido Jamilzinho e de seu pai Jamil Name, ocorrida há mais de cinco anos. Agora eles estão enfrentando.
De acordo com a defesa de Jamilzinho, o irmão tem praticado atos financeiros e imobiliários em benefício próprio, sem transparência e sem prestar contas, como exige a lei. O processo tramita na 13ª Vara Cível de Campo Grande e ainda aguarda análise da Justiça.
Omertá
Inicialmente, a operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco é uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.
Na terceira fase da operação também foi preso em Campo Grande o delegado Obara, acusado de receber R$ 100 mil em propina. Além da Capital, os policiais também estiveram na cidade de Ponta Porã.
Conforme a investigação, o alvo era o empresário Fahd Jamil Georges, vulgo “Fuad". Conhecido como “padrinho da fronteira”, Fahd Jamil é ligado ao empresário campo-grandense Jamil Name Filho, que está preso desde o início do ano de 2020 acusado de comandar um grupo de extermínio na Capital.
Jamil Name, pai de Jamilzinho e Jamilson, faleceu em 2021, vítima de complicações da COVID-19.